10/10/2019
Dia de brincadeira e recreação para crianças
Acolhidos em serviços participaram de Chá Literário especial
Vinte e cinco crianças e adolescentes em serviços de acolhimentos participaram de atividades lúdicas e recreativas pelo Dia das Crianças, a ser comemorado neste sábado, 12. Brincadeiras, recreação, teatro e contação de histórias foram desenvolvidas na programação especial do projeto Chá Literário, promovido pela Biblioteca Des. Antônio Koury com apoio da Coordenadoria Estadual de Infância e Juventude (Ceij), em parceria com Serviço Social do Comércio do Pará (Sesc-PA), nesta quinta-feira, 11, no prédio-sede do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
“Gostei de ler e achei legal a história da vovó, que falou que não devemos mentir, sempre respeitar o próximo e não devemos mexer no que não é nosso. Achei muito divertida a história”, disse uma criança de 9 anos sobre momento de leitura e apresentação teatral.
O incentivo à leitura com brincadeiras foi o objetivo do Chá Literário alusivo ao Dia das Crianças. A chefe da divisão de Biblioteca do TJPA, Elaine Ribeiro, destacou que a atividade integra o papel social da unidade. “Somos uma biblioteca especializada, mas não deixamos de voltar o nosso olhar para a comunidade. Temos a preocupação de atender a comunidade servida pelo Judiciário de outra forma. Enquanto Biblioteca, buscamos sempre incentivar a leitura e levar momento de alegria para as crianças”, afirmou.
A analista judiciária Cristina Silva, da Secretaria Executiva da Ceij do TJPA, disse que o momento oportuniza às crianças e adolescentes acolhidos outras vivências. “Com isso, elas podem vivenciar momentos de família e de lazer diante de tantas situações adversas. Elas precisam dessas atividades, já que a maioria tem poucos momentos desses em sua vida”, disse.
Jovens do Abrigo Especial Calabriano, que atende o público de até 18 anos com comprometimento neurológico, estiveram entre os participantes do Chá Literário. A terapeuta ocupacional Kely Pinheiro afirmou que é fundamental integrar as crianças e adolescentes em outras atividades. “O acolhimento deve ser temporário por legislação. Trazer para um espaço como esse é fundamental para integração social, garantia de desenvolvimento pleno e acolhimento com a comunidade”, observou.
21/08/2019
Chá literário homenageia Hilda Hilst
Encontro será no Fórum de Ananindeua, na sexta-feira, 23, às 10 horas
A escritora Hilda Hilst será a homenageada da 21ª. edição do projeto Chá Literário, que ocorrerá no Fórum de Ananindeua, nesta sexta-feira, 23, às 10 horas. A Comarca receberá pela primeira vez o projeto, que será conduzido pela servidora Clarissa Ribeiro Vicente.
Uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX, Hilda Hilst foi ficcionista, dramaturga e poeta. Iniciou sua produção literária em 1950, com o livro de poemas Presságio. Em 1967, ela estreou na dramaturgia e, em 1970, na ficção, com Fluxo floema.
Hilda Hilst produziu por mais de 50 anos mais de 40 títulos, entre poesia, teatro e ficção, e recebeu importantes prêmios literários brasileiros. Dona de uma linguagem inovadora e abrangente, em seus textos, real e imaginário se misturam e personagens mergulham no intenso questionamento dos significados, buscando a compreensão e encontro do essencial.
Clarissa Ribeiro Vicente é mestre em Ciências Jurídicas pelo Programa de Mestrado em Teoria do Estado e Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Graduada em Direito pelo Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), ela tem experiência nas áreas Direito Constitucional, Direito e Psicanálise e estudos sobre subjetividade, identidade e gênero. Clarissa é analista Judiciária do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
07/03/2019
Chá Literário é dedicado às mulheres
Pagu será tema da programação, nesta 6ª, na Escola Judicial do Pará
As diversas facetas de Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, serão o tema da próxima edição do Chá Literário, em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Sua produção literária e jornalística, o ativismo político e a vida ligada às artes serão lembradas na sexta-feira 08 de março, às 10 horas na Escola Judicial do Pará (EJPA). A servidora do Tribunal de Justiça do Pará Clarissa Ribeiro Vicente conduzirá o encontro.
O Chá oferece ao público um momento de reflexão sobre um expoente literário, jornalístico e artístico, que simboliza a luta feminina. Com o auxílio de imagens, os participantes do Chá conhecerão a biografia e a obra de Pagu. “Pagu é conhecida como a musa do movimento Modernista Antropofágico, mas realizou várias outras atividades. Foi jornalista, crítica, tradutora, artista. Era uma mulher atuante e à frente em seu envolvimento com o que acontecia no país e envolvida com vários segmentos artísticos”, explica a palestrante Clarissa Vicente.
O Chá faz parte da programação em alusão ao dia Internacional da Mulher, desenvolvida pela Escola Judicial do Pará, e foi desenvolvido pela Escola em conjunto com a biblioteca des. Antônio Koury.
Clarissa Ribeiro Vicente é Mestre em Ciências Jurídicas (Programa de Mestrado em Teoria do Estado e Direito Constitucional) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio. Graduada em Direito pelo Centro Universitário do Estado do Pará - CESUPA. Tem experiência nas áreas Direito Constitucional, Direito e Psicanálise e estudos sobre subjetividade, identidade e gênero e Analista Judiciária do Tribunal de Justiça do Pará.
29/02/2019
30/11/2018
Poesia de Drummond no Chá Literário
Biblioteca encerrou programação com palestra de Ney Ferraz
O poema “No meio do Caminho”, de Carlos Drummond de Andrade, publicado há exatos 90 anos, foi o tema do último Chá Literário, projeto consolidado no Judiciário paraense, idealizado e promovido pela Biblioteca Desembargador Antônio Koury, do Tribunal de Justiça do Pará. O convidado desta última edição do projeto neste ano, realizada nesta sexta-feira, 30, foi o poeta e artista visual Ney Ferraz, que trouxe a palestra “A poesia de Carlos Drummond: caminho e dispersão”.
Ferraz destacou que trouxe o tema para a sua apresentação não pela longevidade, atualidade e comemoração da referida obra, mas para demonstrar o Drummond modernista, que, com a simplicidade de um poema, lançado em meio à ebulição e efervescência cultural provocada pelo movimento modernista, causou uma grande reação crítica por décadas, mas mantém-se como um dos gênios da Literatura Brasileira.
Como explicou Ferraz, o poema foi criado por volta de 1924, mas somente em julho de 1928 foi publicado na revista Antropofagia, em São Paulo, e em 1930, integrou o livro “Algumas Poesias”, lançado por Drummond. “O poema é emblemático e causou grande reação no início da modernidade. Teve uma função muito interessante, que foi a de provocar um espirito em ebulição, naquele momento, com ideias que passavam por uma reconfiguração da arte de um modo geral. Drummond jamais imaginou que fosse causar tamanha reação”.
Ney Ferraz ressaltou que “a repercussão da obra foi tanta que em 1967 Drummond escreveu a biografia do poema, demonstrando que tanto foi matéria de discussão da crítica como foi algo que começou a permear o imaginário popular. Hoje muitos utilizam a expressão: ‘ah, você é uma pedra no meu caminho’, quer dizer, a ideia metafórica do poeta se transfigurou no dia a dia das pessoas, isso que é interessante e importante na obra de Drummond”.
Projeto Chá Literário
Na ocasião, o poeta Ney Ferraz elogiou a iniciativa do TJPA em realizar e consolidar o projeto Chá Literário, configurando-o num espaço de promoção da educação e da arte. “A gente vive uma realidade muito adversa e, como sociedade, precisamos avançar muito. É sempre muito importante e motivador a criação e manutenção de espaços como este, que favoreçam a aproximação e a circulação do objeto artístico”. O poeta complementou ainda que “a sociedade precisa que tenhamos instituições sensíveis à causa do conhecimento e da arte, possibilitando a circulação das ideias e do pensamento, valorizando também a figura do artista”.
De acordo com a chefe da Divisão de Biblioteca, do Departamento de Documentação e Informação do TJPA, Elaine Ribeiro, desde 2014, quando foi lançado, o projeto já conta com 19 edições, e contempla palestras e atividades culturais associadas a autores de destaque no cenário regional e nacional. Além de Belém, o projeto já esteve nas comarcas de Santarém, Castanhal e Benevides e em escolas públicas da região metropolitana de Belém. O Departamento de Documentação e Informação do TJPA tem na sua direção a servidora Pollyanna Pires.
Elaine Ribeiro explicou que Drummond foi escolhido para o último chá do ano “pela relevância da sua obra para a literatura brasileira, por ser um escritor muito conhecido e admirado pelo público e pela contemporaneidade das suas poesias”. Neste ano, além de Drummond, foram homenageados os escritores Rachel de Queiroz, Max Martins e Heliana Barriga.
O servidor Hilberto Duarte, lotado na Corregedoria do Interior do TJPA, ressaltou a importância do projeto como espaço para a busca de mais conhecimento e a iniciativa do Departamento de Documentação em dispor desses momentos para os servidores. Duarte afirmou que conhece apenas algumas obras de Drummond, mas que a palestra ministrada por Ney Ferraz aguçou a busca de mais informações sobre o poeta, que foi um dos maiores da Literatura brasileira.
Um pouco mais sobre Drumond
Mineiro de Itabira, Carlos Drummond de Andrade nasceu em 31 de outubro 1902. Formou-se no curso de Farmácia da Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte, mas desde 1921 investiu nas carreiras jornalística e literária. Em 1925 lançou “A Revista”, publicação essencial do modernismo mineiro. Também atuou como servidor público e exerceu a Chefia de Gabinete do Ministério da Educação. Entre 1945 e 1962 atuou como funcionário do Serviço Histórico e Artístico Nacional.
Casou-se com Dolores Dutra de Morais e foi pai de Maria Julieta Drummond de Andrade e de Carlos Flávio Drummond de Andrade. Faleceu no Rio de Janeiro em 1987, 12 dias após a morte de sua filha.
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade
In Alguma Poesia
27/11/2018
Drummond é tema do Chá Literário
Encontro ocorrerá nesta sexta-feira, 30, às 10 horas, na Biblioteca
Conhecido pela produção poética, Carlos Drummond de Andrade se declarava jornalista acima de tudo, e dedicou boa parte de sua obra às crônicas, lançadas simultaneamente às obras em poesia.
O escritor será o homenageado na próxima edição do Chá Literário, que ocorrerá na sexta-feira, 30 de novembro, às 10 horas na biblioteca des. Antôni Koury, no prédio-sede do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). O chá será conduzido pelo poeta Ney Ferraz Paiva, que fará uma palestra com o tema “ A poesia de Carlos Drummond de Andrade – Caminho e Dispersão”.
Nascido em Itabira do Mato Dentro, no interior de Minas Gerais, em 31 de outubro de 1912, Drummond começou a colaborar com o jornal Diário de Minas em 1929, aos 18 anos, quando sua família se mudou para Belo Horizonte. O autor estreou com o lançamento do livro Alguma Poesia, publicado em 1930, e em 1934 muda-se com a família para o Rio de Janeiro, onde se estabeleceria até sua morte.
Drummond era colaborador dos suplementos literários dos jornais A Manhã, Correio da manhã, Folha Carioca e Jornal do Brasil. Funcionário público, arquivista, bibliotecário, tradutor e colecionador de títulos, Carlos Drummond de Andrade possuía um acervo pessoal de livros que chegava a 4 mil títulos. O poeta faleceu em 17 de agosto de 1987.
20/10/2018
Chá Literário é dedicado às crianças
Programação reuniu público infantil de instituições de acolhimento
Uma grande roda de brincadeiras com muita música e histórias infantis. A 18ª edição do Chá Literário, em alusão ao Dia das Crianças, teve uma programação especial dedicada aos pequenos. Mediado pela escritora e compositora paraense Heliana Barriga, o encontro teve a participação de 34 crianças abrigadas em cinco instituições de acolhimento da Região Metropolitana de Belém. O Chá ocorreu nesta sexta-feira, no gazebo Espaço Nobre, no prédio-sede do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). A programação é resultado de uma parceria entre o Departamento de Documentação e Informação do TJPA com a Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (Ceij).
A autora e compositora paraense cantou, recitou poesias e trava-línguas, contou histórias sobre animais, partes do corpo humano e bruxas, e fez a alegria das crianças, que brincaram, correram e dançaram ao som de suas músicas e histórias. A companhia de brincantes Mala sem Fundo, que acompanha Heliana, conduziu as brincadeiras e danças e fez o acompanhamento musical.
Samuel da Silva, de 8 anos, acolhido no Abrigo Unidade de Acolhimento Institucional (UNAI), de Marituba, participou de todas as brincadeiras. “Gostei de brincar aqui. Foi tão legal, foi tranquilo. A parte que mais gostei foi quando eu fiquei fazendo o som do porco e da bruxa”, disse.
Para a assistente social do abrigo Unidade de Acolhimento Institucional (UNAI) de Marituba, Rafaela da Cruz, a programação é uma oportunidade de interação para as crianças. “Esse é um dia em que as crianças saem do espaço de acolhimento para um espaço coletivizado e vêm conhecer outros espaços, exercendo seu direito ao lazer. Sempre participamos de atividades como essas, que são para o crescimento delas e elas podem interagir com outras crianças”, avaliou.
Segundo Fabíola Brandão, psicóloga vinculada à Ceij, a atividade possibilita a convivência comunitária e atividades de lazer às crianças. “Essas atividades são muito importantes na infância, para a questão do desenvolvimento da empatia, da sociabilidade, do controle de emoções nessas crianças e pela educação, por isso as atividades lúdicas e a convivência comunitária e social são importantes”, avaliou.
Nascida em Castanhal, Heliana Barriga trabalha há quase 40 anos com literatura infantil, música, poesia e oficinas de ludicidade. Ela é autora de diversos livros infantis, como “A Anta Antônia”, “A Abelha Abelhuda” e “Acredite Quem Quiser”, e de discos para crianças. Além das obras infantis, Heliana se dedica à poesia para adultos, faz shows infantis e oficinas de ludicidade.
“Gosto muito de sair do livro para poder me encontrar com as crianças. Minha produção é inspirada nas próprias crianças, no ambiente onde elas estão e no ambiente amazônico. Como autora paraense, que trabalha com ludicidade e literatura e que continua com a criança no seu interior, sou uma pessoa muito vibrante para produzir com elas”, disse.
Formada em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Heliana também é mestre em Genética e Melhoramento de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz (ESALQ-Piracicaba-SP), USP e trabalhou como pesquisadora da EMBRAPA por dez anos, para se dedicar e à literatura infantil, poesia e à música.
17/10/2018
08/06/2018
Chá Literário reverencia Max Martins
Experimentalismo do poeta elevaram conceito da literatura paraense
“O poeta precisa ter a maior liberdade para criar. Pensar que na poesia, no poema, cabe tudo. Depende do ritmo, da própria respiração, do próprio pulmão”. A 17ª. edição do Chá Literário, em homenagem ao poeta Max Martins, iniciou com as palavras do autor, que em um testemunho em vídeo, explicava seu processo criativo e a relação que fazia entre poesia e pintura.
O chá Literário ocorreu nesta sexta-feira, 08, na biblioteca des. Antônio Koury, no prédio sede do Tribunal de Justiça do Pará. No encontro foi servido aos participantes chás de ervas produzidas pelo Núcleo Socioambiental na horta orgânica do TJPA – canela, capim-santo e hortelã com menta.
Max Martins, poeta autodidata influenciado por autores como por Mauro Faustino e Robert Stock, assim como nomes relacionados à pintura como Picasso, teve a obra marcada pela experimentação. O autor, que transitou entre o movimento modernista e concretista com seus experimentalismos, representou a renovação da literatura no século XX e colocou o Pará numa posição de destaque na literatura nacional. Autor de obras como O Estranho, Ver-o-Peso, Caminho de Marahu e H’era, em 20 de junho, o poeta faria 92 anos.
O Chá Literário foi mediado por Nilson Oliveira, editor da revista Polichinelo. Para ele, a escrita de Max Martins reflete uma corrente de pensamento da geração pós-guerra (1946-1947), de poetas relacionados ao pensamento contemporâneo da época, que quebrava os padrões do Parnasianismo para que o Modernismo ganhasse importância. “Max relacionava poesia e pintura, e a partir dele, surgiu um legado de poetas. Sua importância para a literatura brasileira foi ter produzido obras com experimentos com a linguagem. Nessas obras, ele consegue estabelecer uma poesia experimental e nessas possibilidades, alcança várias nuances e mudanças no plano literário”.
A atriz, diretora de teatro e professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação, Liliane Leal Garcia declamou poesias de Max Martins. Liliane trabalha na Casa da Linguagem, espaço idealizado por Max, onde teve contato com o autor. “ Max é um ícone da literatura, não só no Pará. O que ele fez com a literatura, o legado que ele deixa, é de transformar a linguagem. Trabalhar Max é trazê-lo para perto de nós, leitores. No momento que leio sua obra, consigo aproximar os leitores-ouvintes dele. Hoje sua obra sai do eixo da Amazônia e ganha o mundo. Ele é sempre lido e declamado, e esse contato com a obra e o homem é muito próximo para mim. Valorizar sua obra é criar novos leitores, incentivá-los a conhecer sua obra e dizer que essa obra é viva”.
Duas filhas do autor, Maria de Nazaré Martins e Maria das Graças Martins, estiveram presentes ao Chá e doaram exemplares de títulos à biblioteca do TJPA. A reedição e compilação dos livros foram organizadas pelo poeta Age de Carvalho, pela Editora da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Segundo a filha Maria de Nazaré, o pai tinha um modo de olhar o cotidiano além da descrição dos fatos. “O olhar do cotidiano, principalmente no Poema da Casa, que é sobre o que aconteceu na casa da Piedade, onde ele e os irmãos foram criados, e um dia houve uma enxurrada e um tronco destruiu a casa. Para meu pai, isso foi uma tragédia emocional muito grande. Não pelo fato, mas a grandeza emocional de captar coisas, ele passou para o poema a emoção que ficou com ele por muito tempo. Essa é mais uma homenagem gratificante, é muito importante o nome dele não ser esquecido ”, disse.
Alguns participantes declamaram poemas e falaram de sua relação com o autor. A diretora da Editora da UFPA, Laïs Zumero recitou um trecho do poema Ver-o-Peso, comentou a riqueza de suas poesias , e a forma com que usava aliterações e metáforas e também mencionou o autor Age de Carvalho, que foi o grande pupilo de Max Martins.
A servidora Laís Trindade trabalha na 1ª. Vara Criminal de Castanhal. Ela conheceu a obra do autor ainda adolescente, aos 15 anos, e já ganhou o Prêmio Literário do Servidor com duas obras, que foram publicadas pela EGPA. “Conheci Max Martins no período de adolescência, de descobertas. As leituras que fazia tinham temas muito próximos à época de adolescente e conversava muito sobre a proposta da literatura que ele nos trouxe. Já sabia algumas informações, e gostei da oportunidade de me aprofundar nessa obra. Isso é muito importante para novas perspectivas de vida”.
O Chá Literário é promovido pelo Departamento de Documentação e Informação do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e nesta edição teve a parceria do Núcleo Socioambiental.
11/05/2018
Icoaraci teve Programação alusiva ao Dia das Mães
A Coordenadoria de Saúde, promoveu sexta-feira, 11 de maio, uma série de ações de saúde para magistrados e servidores do Fórum de Icoaraci com a finalidade de comemorar o “Dia das Mães”. Na ocasião, a Divisão de Biblioteca realizou uma edição especial do projeto Chá Literário com o tema "Poemas para minha Mãe”. Durante a programação as servidoras do fórum recitaram poemas e participaram de dinâmicas que homenagearam as mães. Foram ofertados brides doados pelos magistrados às mães que participaram do evento.
06/04/2018
Saúde Itinerante chega a Icoaraci
Programação é voltada para bem-estar de servidores e magistrados
Servidores e magistrados do Fórum Distrital de Icoaraci receberam nesta sexta-feira, 6, o projeto Saúde Itinerante. Na ocasião, houve uma programação especial que envolveu orientações e atividades envolvendo saúde e qualidade de vida. O projeto visa levar ações educativas de saúde às regiões judiciárias do Pará. Voltado para promoção do bem-estar mental, o Departamento de Documentação e Informação, por meio da Divisão de Biblioteca, realizou uma edição especial do projeto "Chá Literário" em homenagem a escritora Cecília Meireles. A Pedagoga Maria Costa apresentou vida e obra da autora e realizou algumas dinâmicas para incetivar o gosto pela leitura.
16/03/2018
Autora de O Quinze motiva servidores
Projeto Chá Literário dedicou manhã à Rachel de Queiróz
A crítica social e o regionalismo que caracterizaram a obra de Rachel de Queiroz foram discutidos na 16ª edição do Chá Literário, nesta sexta-feira, 16, na biblioteca desembargador Antônio Koury, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). Ativismo, premiações e controvérsias na vida da escritora, que também se dedicou ao jornalismo, teatro e política, foram comentadas pela professora Danielly Almeida, graduada em Letras pela Universidade Estadual do Pará.
Rachel Franklin de Queiroz nasceu em 17 de novembro de 1910 em Fortaleza. Nascida em uma família burguesa, a pequena Rachel foi educada na fazenda da família em Quixadá, interior do Ceará e iniciou a leitura precocemente - aos 5 anos já havia lido o romance “Ubirajara”, de José de Alencar. Terminou os estudos aos 15 anos, quando completou o magistério. Depois, começou a trabalhar no Jornal Ceará sob o pseudônimo de Rita de Queluz. Aos 20 anos publicou “O Quinze”, seu romance mais conhecido, sobre a grande seca que assolou o sertão nordestino em 1915. A obra trata do drama dos retirantes e tem como personagem principal Chico Bento, que junto com sua família deixa o sertão do Ceará em busca do Rio de Janeiro. Caracterizada por frases curtas e linguagem coloquial, a obra é considerada uma das mais importantes da literatura brasileira. O romance “Memorial de Maria Moura” foi adaptado para a televisão.
Outros títulos da autora como “O Caminho das Pedras”, “Dora Doralina” e “As três Marias” têm predominantemente a estética modernista e enfocam o nacionalismo e a cultura regional, abordando muitas vezes a realidade social do Ceará. A autora desconstrói o olhar elitista com o qual foi criada e traz um olhar de outras classes, como o sertanejo, para sua narrativa.
A autora se destacou também por sua atuação no jornalismo e na política, ao escrever crônicas que ilustram lutas de movimentos sociais, e por vezes foi controversa, ao ser apontada como apoiadora do golpe militar de 1964.
Primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977, Rachel foi delegada dos direitos do homem na XXI Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1966 e recebeu diversas outras premiações, como o prêmio Fundação Graça Aranha, além de ter sido membro do Conselho Federal de Cultura, de 1967 a 1989.
Segundo Danielly Almeida, em suas obras há a presença de personagens femininas fortes, o que retrata a ligação da autora com movimentos sociais. “Em várias obras dela encontramos uma personagem forte, especialmente em Memorial de Maria Moura. Rachel foi ligada a movimentos políticos e de classe, como feminismo e comunismo, apesar do paradoxo de corroborar para o golpe de 1964 contra o presidente João Goulart. Foi uma mulher que nasceu em berço burguês, mas tentou se desvencilhar disso”.
A servidora Cristina Ribeiro sempre vai ao Chá Literário. Ela já leu e assistiu filmes e leu algumas obras da autora. “ Ela foi uma mulher forte, guerreira. Acho que devemos extrair essa personalidade da leitura de suas obras. A leitura faz com que, a partir do passado, possamos visualizar o presente e com isso termos mais possibilidade de opinar e entender as coisas e construir o futuro”, analisou.
Um coquetel foi servido no final do encontro. Os participantes também ganharam pedaços de rapadura como lembrança do Chá Literário dedicado à Rachel de Queiróz.
13/03/2018
Chá Literário celebra Rachel de Queiróz
Legado da escritora é tema da edição desta sexta-feira, 16
Escritora cearense e primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras (ABL), Rachel de Queiróz será a homenageada na 16ª edição do Chá Literário, nesta sexta-feira, 16, na Biblioteca Desembargador Antônio Koury, no prédio-sede do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). O evento integra a programação em homenagem à mulher, cujo dia transcorreu no último 8 de março. O Chá Literário é promovido pelo Departamento de Documentação e Informação do TJPA, será aberto ao público.
A professora de português Danielly Almeida, graduada em Letras pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), apresentará obras e fatos marcantes da trajetória da autora. A Chefe da Divisão de Biblioteca, Elaine Fernandes, disse que o motivo da escolha foi a relevância da escritora Rachel de Queiróz no cenário da literatura regional e nacional. A romancista moderna foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na ABL em 1977 e a primeira mulher vencedora do “Prêmio Camões” em 1993.
O tema central do Chá Literário será o primeiro livro de Rachel, intitulado “O Quinze”, publicado em 1933. Nele, a escritora apresenta a seca que assolou o sertão nordestino em 1915, sendo considerado um dos mais importantes escritos literários brasileiros por trazer o drama social dos retirantes, com o olhar regionalista da própria autora, que saiu com sua família do Ceará para o Rio de Janeiro, em decorrência da seca.
Com linguagem simples e coloquial, o romance “O Quinze” inovou ao ser publicado com frases curtas e precisas. O personagem Chico Bento narra, na condição de onipresente, todo o desenrolar de sua família, que deixa o interior do estado do Ceará rumo à capital Fortaleza. A fome e a miséria compõem o teor social da obra.
Rachel de Queiroz foi também jornalista, cronista, tradutora e teatróloga. Depois da mudança para o Rio de Janeiro com sua família em 1917, a escritora veio a Belém do Pará, onde morou por 2 anos. "O Quinze", assim como "João Miguel" e "Caminho de Pedras", são consideradas as principais obras pela crítica literária, além de integrarem o legado deixo pela escritora.
24/11/2017
Chá Literário homenageia Lindanor Celina
Sobrinha da escritora apresentou sua vida e obra
“É muito enriquecedor. São escritores da nossa cultura, da nossa literatura, que não conhecemos. Fiquei muito surpreso e feliz de ouvir sobre a autora”. As palavras do servidor da Secretaria de Informática, Evandro Lelis, resume a impressão da platéia sobre a 15ª edição do Chá Literário, promovido pela Departamento de Documentação e Informação do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
A escritora paraense Lindanor Celina foi a grande homenageada do evento, e teve sua vida e obra compartilhadas com o público pelos relatos de sua sobrinra e pesquisadora Madeleine Bredan. Celina é conhecida por suas crônicas e romance, que, em parte, retrataram a cidade de Bragança.
“É uma pessoa que veio de Bragança ainda estudante. Veio estudar em Belém com muita dificuldade. Como cronista, ela acreditou em seu potencial, porque Dalcídio Jurandir, Machado Coelho, as pessoas da intelectualidade de Belém na época, deram força. Então, ela com essa força escreveu o primeiro romance e foi escrevendo um atrás do outro. Acho que foi muita resiliência, muita força de vontade. Ela foi se aprimorando e lia bastante, além de grande observadora, por isso ela era uma boa cronista”.
Durante o Chá Literário, a vida e obra da escritora foi mostrada na exposição cedida pela Casa das Artes, da Fundação Cultural do Pará. A Chefe da Divisão de Biblioteca do Judiciário, Elaine Ribeiro, explicou que a escolha da autora para a décima quinta edição do Chá é baseada na importância de sua obra para a literatura paraense e nacional.“É uma mulher totalmente empoderada e totalmente atual, por tudo que ela representa em sua obra, principalmente a figura feminina. Então, buscamos trazer esse momento realmente de lazer para eles. Nós consideramos muito importante esse momento para o servidor”, explicou.
Lindanor Coelho Miranda nasceu em Castanhal, nordeste do Pará, mas foi em Bragança, cidade da Marujada e de São Benedito, que “abriu seus olhos”, como ela mesmo contava em suas obras, para a vida e a literatura. Conhecida como a menina de Bragança, ela escrevia em suas crônicas a riqueza de detalhes sobre a cidade que tanto amava. Sua trajetória literária é conhecida principalmente por sua tendência folclorista em registrar os costumes mais tradicionais de Bragança. Devota de São Benedito, Celina, como também era conhecida, deixa viva a memória de sua cidade para o leitor.
Aclamada pelos críticos literários, as principais obras da escritora, além de “Menina que vem de Itaiara”, são “Prantos por Dalcídio Jurandir”; “Estrada do Tempo-Foi”; e “Afonso Contínuo: Santo de Altar”.
No final do evento desta sexta-feira, o secretário de Administração do TJPA, Francisco Campos, entregou um certificado à palestrante, Madileine Bredan.
22/11/2017
Chá Literário celebra Lindanor Celina
Vida e obra da escritora serão apresentadas nesta sexta-feira, 24
A escritora paraense Lindanor Celina será a homenageada do último Chá Literário de 2017, no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). O evento marcará a celebração do centenário da poeta, transcorrido em março. Promovido pelo Departamento de Documentação e Informação do TJPA, o Chá Literário será aberto ao público, nesta sexta-feira, 24, às 10h, na Biblioteca Desembargador Antônio Koury, que no prédio-sede do TJPA.
A palestrante é a sobrinha da escritora, Madeleine Bredan, que apresentará a obra e o legado de Lindanor, além de fatos pessoais. A chefe da Divisão de Biblioteca, Elaine Fernandes, explicou que a escolha da autora para a décima quinta edição do Chá é baseada na importância de sua obra para a literatura paraense e nacional. Lindanor foi revolucionária ao publicar seu primeiro e mais conhecido livro “Menina que vem de Itaiara”, em 1963, por usar crônica como modalidade textual. Na época, o gênero não era considerado literatura.
Além da apresentação, os participantes poderão prestigiar um pouco mais da vida e obra da escritora na exposição cedida pela Casa das Artes, da Fundação Cultural do Pará (FCP), utilizada em várias celebrações feitas ao longo do ano.
Lindanor Coelho Miranda nasceu em Castanhal, nordeste do Pará, mas foi em Bragança, cidade da Marujada e de São Benedito, que “abriu seus olhos”, como ela mesmo contava em suas obras, para a vida e a literatura. Conhecida como a menina de Bragança, ela escrevia em suas crônicas a riqueza de detalhes sobre a cidade que tanto amava. Sua trajetória literária é conhecida principalmente por sua tendência folclorista em registrar os costumes mais tradicionais de Bragança. Devota de São Benedito, Celina, como também era conhecida, deixa viva a memória de sua cidade para o leitor.
Aclamada pelos críticos literários, as principais obras da escritora, além de “Menina que vem de Itaiara”, são “Prantos por Dalcídio Jurandir”; “Estrada do Tempo-Foi”; e “Afonso Contínuo: Santo de Altar”.
05/10/2017
Literatura encanta crianças de abrigos
Evento marcou a 14ª edição do projeto Chá Literário
“A vida é um pisca-pisca”. A frase, extraída de um dos livros da série Sítio do Pica-Pau Amarelo, que mostra um diálogo existencial da boneca Emília com o Visconde de Sabugosa, iniciou o 14º Chá Literário, que teve a obra de Monteiro Lobato como tema, e foi realizado nesta quinta-feira, 05, na biblioteca Antônio Koury, no prédio sede do Tribunal de Justiça do Pará. Durante a manhã, 48 crianças de oito abrigos da Região Metropolitana de Belém relembraram as histórias do universo fantasioso literário ligado ao Sítio do Pica-pau Amarelo como parte da programação alusiva à Semana da Criança.
As crianças assistiram à mediadora Ximenia Pinheiro, que contou em linguagem acessível aos pequenos a história do autor e explicou a abordagem de temas complexos como o existencialismo, críticas sociais, família e sociedade em sua obra. As crianças assistiram também a uma intervenção artística do ator Alexandre Paz, caracterizado como o personagem Pedrinho já idoso, falou sobre a leitura, para que as crianças tenham a dimensão da importância desse hábito até a vida adulta e para que não percam o hábito de ler. Os pequenos respondiam e interagiam mencionando os personagens e histórias do Sítio do Pic-Pau Amarelo.
Para a mediadora, falar de literatura infantil e de Monteiro Lobato é indissociável. ”Ele foi o precursor da literatura infantil, e queremos que as crianças entendam sua importância para a vida de um modo geral. Monteiro Lobato tinha uma crítica social muito forte e tentamos contextualizá-lo dessa maneira. Sua obra é atemporal porque se reflete nos diversos contextos sociais em que estamos inseridos, porque as discussões levantadas naquela época continuam atuais”.
O desembargador José Maria Teixeira do Rosário, coordenador da Infância e Juventude, esteve presente à programação. Para o desembargador, a realização da programação tem o cunho de inclusão social das crianças abrigadas. “Com essa programação, de atividades lúdicas em outro espaço, diferente da realidade das instituições acolhedoras, queremos agregar as crianças que estão abrigadas em instituições para que tenham participação mais efetiva na sociedade”.
Ao final do chá, foi servido um lanche às crianças e depois, os pequenos participaram de uma oficina de pintura, dobradura e conscientização ambiental, “Esse rio tem peixe”, organizada pelo Núcleo Socioambiental, em que coloriam cartolinas com cenários do fundo de rios e aprenderam a confeccionar peixinhos em dobradura de papel enquanto aprendiam sobre os impactos ambientais da poluição nos rios.
A programação foi resultado de uma parceria da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude CEIJ, em parceria com a Comissão Estadual de Adoção internacional CEJAI, a 1ª. Vara da infância e Juventude e a Divisão de Biblioteca, do Departamento de Documentação e informação do TJPA.
29/09/2017
Em alusão ao dia 12 de outubro, dedicado às crianças, a 14ª edição do Chá Literário terá a literatura infantil do escritor Monteiro Lobato como temática em uma programação direcionada a esse público.
Diferentemente das edições anteriores, este Chá Literário, no próximo dia 5, será realizado para as crianças dos abrigos de acolhimento de Belém e Ananindeua, resultado da parceria com a programação da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (Ceij) do TJPA, e para os filhos e sobrinhos de magistrados e servidores.
O projeto reúne várias linguagens para apresentar e explicar de modo peculiar o universo do autor, no caso, Monteiro Lobato. Desta vez, o imaginário infantil, que mistura realidade e fantasia nas histórias em um dos mais conhecidos sítios do interior do Brasil, o Pica Pau Amarelo, será encenado e contado para as crianças participantes.
A biblioteca disponibilizará um cadastro para os magistrados e servidores interessados em trazer filhos ou sobrinhos, já que as vagas são limitadas. Outras informações pelo telefone (91) 3205-3351.
Fonte: Coordenadoria de Imprensa
Texto: Will Montenegro
21/06/2017
Chá Literário celebra literatura paraense
O escritor Juraci Siqueira foi o homenageado desta edição
“Ninguém ama o que não conhece nem defende o que não ama”. Para o escritor Juraci Siqueira, amar e defender a Amazônia é uma questão recorrente, e muito ligada à sua vida e obra. O autor paraense foi o mediador e também o homenageado do 13º. Chá Literário promovido pela Divisão de Biblioteca do Tribunal de Justiça do Pará.
Durante o Chá Literário, Juraci percorreu sua obra, na qual a temática regional predomina, mesclada a temas universais. Nascido no interior do Estado, na cidade de Afuá, o autor se afirma ribeirinho, e comenta sobre a importância de divulgar a identidade amazônica, especialmente através da literatura “Temos uma cultura belíssima e não muito conhecida por falta de divulgação. Por isso gosto de priorizar em minhas obras uma vertente mais universal e regional. Acho importante essa valorização, pois as pessoas se identificam, se veem como participantes daquela história, ao ser mostrado o regional, o que está próximo das pessoas”.
O poeta, contista e autor de livros infanto-juvenis é licenciado e professor de Filosofia pela Universidade Federal do Pará. Sua obra abrange folhetos de cordel, livros de poesia, contos, crônicas, literatura infantil, histórias humorísticas e versos picantes, totalizando mais de 80 títulos publicados. Juraci recebeu mais de 200 premiações literárias em âmbito regional e nacional. O autor colabora com jornais, revistas e boletins culturais e pertence a diversas entidades literárias e culturais.
Livros voltados ao público jovem e poesia se destacam na obra de Juraci Siqueira, sobretudo o livro “Paca, Tatu; cotia não! ”, de 2008, muito adotado por escolas por trazer poesias sobre os animais da Amazônia. Também merecem destaque: “Verde Canto”, de 1981; “Travesseiro de Pedra”, de 1986; “Piracema de Sonhos”, de 1987; “Canto Caboclo”e “Incêndios e naufrágios de 2008”; “O Bicho Folharal”, de 2013; “O menino que ouvia estrelas e se sonhava canoeiro”, de 2010; e “O chapéu do boto” e “Com amor e devoção”, ambos de 2013.
O Chá terminou com uma apresentação dos dançarinos Oneno Moraes e Jéssica Leite, integrantes da Companhia de Balé Folclórico da Amazônia, que interpretaram a lenda do boto ao som de uma canção que mescla Lundu e música pop, inspirada no poema “Eu, o boto”, de autoria de Juraci”.
19/07/2017
“Talvez por eu ser ribeirinho eu viva sempre a cantar como um rio em burburinho correndo em busca do mar”, declara o escritor paraense Juraci Siqueira em um de seus versos. O poeta, contista e autor de livros infanto-juvenis será o homenageado da 13ª edição do Chá Literário, que será realizado na próxima quarta-feira, 21 de junho, às 10 horas na biblioteca Desembargador Antônio Koury. O Chá Literário será conduzido pelo próprio escritor, que utiliza predominantemente a temática amazônica em sua obra.
Antônio Juraci Siqueira é marajoara de Cajary, localizada no município de Afuá, onde descobriu a literatura de cordel ainda criança. Licenciou-se em Filosofia pela Universidade Federal do Pará, onde hoje atua como professor. Juraci possui mais de 80 títulos individuais publicados, entre folhetos de cordel, livros de poesia, contos, crônicas, literatura infantil, histórias humorísticas e versos picantes e recebeu mais de 200 premiações literárias em vários gêneros em âmbito local e nacional. O autor colabora com jornais e revistas, boletins culturais de Belém e outras localidades, além de pertencer a diversas entidades literárias e culturais e atuar como oficineiro de literatura, performista e contador de histórias.
Na obra de Juraci Siqueira, destaca-se a produção poética e os livros voltados ao público jovem, sem nunca abandonar a temática relacionada à Amazônia: “Verde Canto” (1981), “Travesseiro de Pedra” (1986), “Piracema de Sonhos” (1987), “Canto Caboclo” (2008), “Incêndios e naufrágios” (2008), estes em Poesia; “Paca, Tatu; cutia não!” (2008), “O Bicho Folharal” (2013), “O menino que ouvia estrelas e se sonhava canoeiro” (2010), “O chapéu do boto” (2013), “Com amor e devoção” (2013).
A programação ainda vai contar com a participação dos dançarinos Oneno Moraes e Jéssica Leite, integrantes da Companhia de Balé Folclórico da Amazônia, que apresentarão um número de dança inspirada no poema "Eu o Boto", de autoria de Juraci Siqueira. Oneno Moraes e Jéssica Leite já participaram de turnês em vários países da América Latina, Europa e de vários festivais no Brasil.
O Chá Literário é promovido pela divisão de Biblioteca do Tribunal de Justiça do Pará e tem como objetivo valorizar autores nacionais e regionais, além de promover a leitura.
Conheça um pouco da produção literária de Juraci Siqueira:
MEU CANTO
Meu canto aprendi com a água
bulindo na ribanceira
ao som do vento brincando
na copa da seringueira.
Aprendi a rimar com a chuva
no telhado a batucar,
com o urutau que ensaiava
canções à luz do luar.
Meu cantar é como a voz
do mar na areia quebrando
e o canto do rouxinol
quando a aurora vem raiando.
Meu canto escala montanhas,
vence dunas, soa no ar,
transpõe rios e florestas,
dança nas ondas do mar!
27/04/2017
Chá Literário reencontra Cora Coralina
Evento ocorreu nesta quinta-feira, 27, no Fórum Cível de Belém
25/04/2017
Poesia de Cora Coralina é celebrada no Chá Literário
Encontro será realizado no Fórum Cível da capital
"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores". A poeta Cora Coralina, aclamada pela Literatura aos 76 anos, depois de uma vida marcada por muitas lutas, receberá mais uma homenagem, na 12ª edição do Chá Literário do Tribunal de Justiça do Pará, que será realizado no Fórum Cível da capital.
Apesar de ter enfrentado preconceitos por ser mulher, pela pouca escolaridade, além de outros preconceitos sociais, Cora Coralina nunca esmoreceu: “Sobrevivi, me recompondo aos bocados, à dura compreensão dos rígidos preconceitos do passado. Preconceitos de classe. Preconceitos de cor e de família. Preconceitos econômicos. Férreos preconceitos sociais”.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas nasceu na cidade de Goiás, em 20 de agosto de 1889 e viveu por 96 anos. Iniciou sua carreira literária em 1907, juntamente com duas amigas, ao criar o jornal de poemas femininos "A Rosa".
Seu estilo simples e avesso a modismos literários se desenvolveu, apesar do pouco estímulo à escrita recebido da família, como a autora afirma no poema autobiográfico Cora Coralina, Quem é Você? “Nunca recebi estímulos familiares para ser literata. Sempre houve na família, senão uma hostilidade, pelo menos uma reserva determinada a essa minha tendência inata. Talvez, por tudo isso e muito mais, sinta dentro de mim, no fundo dos meus reservatórios secretos, um vago desejo de analfabetismo”.
A poeta assumiu o pseudônimo Cora Coralina após ter sofrido uma profunda transformação interior, a qual definiria como "A perda do medo, ao completar 50 anos". Nessa fase, Cora não deixou de escrever poemas relacionados à sua história pessoal, ao seu cotidiano de cidade de interior e ao folclore.
Cora ganhou notoriedade na poesia em 1983, quando Carlos Drummond de Andrade, após ler alguns escritos da autora, especialmente “Vintém de Cobre”, escreveu: "Minha querida amiga Cora Coralina: Seu "Vintém de Cobre" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( ...)."
Para conhecer melhor a vida e a obra da poeta Cora Coralina, o Chá Literário do TJPA será realizado no salão de casamentos do fórum Cível da capital, às 10 horas desta sexta-feira, dia 27 de abril. A mediação do encontro será feita pelo estudioso da obra da autora, Jeová Barros de Oliveira, que também é poeta, escritor e ilustrador e possui três títulos publicados: "Água Grande", "Manga com Febre" e "Diga-se de Passagem". A programação também contará com a participação de Éverton MC, que recitará poemas de Cora Coralina em forma de rap. O rapper iniciou sua carreira participando de batalhas de MC's, e possui um disco independente, lançado em 2013, "Flow Cabano", além de ter participado da criação da Batalha de São Brás, um dos maiores duelos de rima da região Norte.
Entre os títulos da poeta estão: “Meu livro de Cordel” (1976), “Vintém de Cobre - Meias confissões de Aninha” (1983) e “Estórias da Casa Velha da Ponte” (1985), além de publicações póstumas, como “Meninos Verdes”(1986), “Tesouro da Casa Velha” (1996), “ A moeda de ouro que o pato engoliu” (1999), “Vila Boa de Goiás” (1999) e “O prato azul pombinho” (2002).
Conheça algumas frases clássicas da autora:
"O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes".
"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher".
"Coração é terra que ninguém vê".
Chá Literário celebra poesia de Cora
Homenagem à poeta integra programação do Mês da Mulher
Influenciada pelas cenas de seu cotidiano de cidade de interior e pelo folclore, a poesia simples de Cora Coralina embalou a 12º edição Chá Literário, que ocorreu nesta sexta-feira, 17, na biblioteca Des. Antonio Koury, no prédio sede do Tribunal de Justiça do Pará. Poeta goiana avessa aos modismos literário, Cora teve reconhecimento nacional e venceu o preconceito por ser mulher, por ter tido pouca escolaridade, além de outros preconceitos sociais.
A apresentação do rapper Éverton MC deu iniciou à programação. Ele parafraseou o poema “Mãe” e o musicou em forma de rap. Em seguida, o poeta e estudioso da autora Jeová Barros de Oliveira apresentou uma linha do tempo com a vida da autora, que nasceu em 1889 e foi batizada como Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Adotou o pseudônimo Cora Carolina aos 50 anos após ter sofrido uma “transformação interior” e disse ter perdido o medo. Isso tudo após sofrer as perdas de maridos e dos seis filhos, além dos genitores.
Sobre a transformação interior dita por Cora, o mediador do encontro, Jeová ´Barros de Oliveira, explicou que a mensagem é da perda do medo, medo de viver, de encarar as dificuldades. “Sua trajetória foi muito sofrida, de mulher que perde os seis filhos, perde o marido e que tem que trabalhar com o que sabia fazer, que eram doces e ela nunca se acovardou, nunca parou de produzir”, explicou Jeová, acrescentando que a autora queria entender o mundo na qual estava inserida e para isso utilizou a simplicidade.
Conhecida por ter sido aclamada pela Literatura aos 76 anos, Cora Coralina iniciou sua incursão no universo literário ainda adolescente, aos 14 anos. Durante sua juventude, a poeta produziu textos para jornais e criou uma revista de poesia feminina juntamente com duas amigas, chamado “A Rosa”. Sua primeira publicação foi o livro Poemas dos becos de goiás e histórias mais, em 1965, quando recebeu elogios por seus versos singelos, inclusive do poeta Carlos Drummond de Andrade, que foi figura importante para sua aclamação.
A diretora do Departamento de Documentação e Informação do TJPA, Pollyanna Pires, contou a conexão da obra da autora com sua própria vida. “Cora remete bastante à cultura goiana, em sua escrita e em sua história. Quando se visita a casa dela e quando se vê o que ela produz, parece que se volta à infância no interior. Vejo minha mãe e minha avó no fogão a lenha, o que elas conversavam. Esse conteúdo está muito presente na obra da Cora”, disse.
A médica Guiomar Cruz, que participou pela primeira vez da programação e declamou um poema de seu pai, Leonan Cruz, comentou a experiência de participar do Chá Literário. “Um evento maravilhoso. Nasci em uma família de poetas e todo acontecimento em relação a poesia e à beleza é apaixonante para mim. É uma oportunidade única”, destacou,
A programação prosseguiu com o sorteio de brindes e encerrou com a apresentação de Éverton MC, que parafraseou o poema Estas Mãos. Éverton comentou a transposição dos versos de Cora Coralina para a linguagem do rap. “Tive que me adaptar ao meio que ela escrevia, porque é totalmente diferente da poesia marginal. Então, parafraseei as coisas, mas como já tenho bastante prática na escrita, foi bastante agradável ter feito o trabalho, porque ela possui uma crítica social”, disse. Ao final, os participantes receberam doces inspirados na poetisa, que também era doceira e os mediadores receberam certificados.
Entre os títulos da Cora Coralina estão “Meu livro de Cordel” (1976), “Vintém de Cobre - Meias confissões de Aninha” (1983) e “Estórias da Casa Velha da Ponte” (1985), além de publicações póstumas, como “Meninos Verdes”(1986), “Tesouro da Casa Velha” (1996), “ A moeda de ouro que o pato engoliu” (1999), “Vila Boa de Goiás” (1999) e “O prato azul pombinho” (2002).
13/03/17
Cora Coralina no Chá Literário
Evento faz parte da programação do mês dedicado à mulher
05/12/2016
Chá Literário vai à escola
Alunos do Lauro Sodré assistem palestra sobre Eneida de Moraes
O projeto Chá Literário, conduzido pelo Departamento de Documentação e Informação do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), levou aos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Lauro Sodré, no bairro do Marco, nesta segunda-feira, 5, um pouco da vida e da obra da escritora paraense Eneida de Moraes.
Para falar sobre a trajetória da escritora e os temas de suas crônicas, quase sempre voltados ao cotidiano da Belém antiga e seus aspectos sociais, o projeto convidou a professora e doutora Amarílis Tupiassu, uma das principais pesquisadoras sobre a obra de Eneida.
Três turmas do primeiro ano do Ensino Médio assistiram à palestra da professora Amarílis Tupiassu, que, na ocasião, doou dois exemplares de livros de sua autoria à biblioteca da escola: “Escritores da Amazônia e de Outros Nortes: uma Leitora Inquieta” e “Imagens que Passais pela Retina Reinvenção do Chalé”.
A palestrante fez um panorama da vida e da obra de Eneida de Moraes, desde a infância, passando pelo período de militância política, até sua morte em 1971. Eneida trabalhou como jornalista e cronista para diversos jornais e revistas nos estados do Pará e Rio e Janeiro, fundou o Museu da Imagem e do Som do Pará e foi criadora do Baile do Pierrot em Belém e no Rio de Janeiro.
Amarílis Tupiassu comentou sobre a importância de os jovens terem contato com as crônicas de Eneida e ressaltou sua importância histórica e política para a juventude. “Ao ler Eneida, eles (estudantes) leem a nossa história, as belezas da Amazônia, do Brasil. Eneida foi uma militante política, que sempre quis lutar por um Brasil melhor”, disse a professora.
Ao final da palestra, os estudantes fizeram perguntas sobre a autora e depois assistiram a uma apresentação da Associação Carnavalesca Grande Família, que apresentou o samba enredo que tem a autora como tema “Eneida, Amor e fantasia”. Os alunos se juntaram à agremiação e sambaram ao som de outros clássicos de samba enredo. Helen Lopes, de 16 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio achou muito interessante o Chá Literário, pois não conhecia Eneida e disse ter interesse em procurar seus livros. A aluna se juntou ao grupo de colegas que sambaram ao som da Grande Família.
“A receptividade foi muito boa, o ambiente é de estudo, portanto diferente do que estamos acostumados a fazer na biblioteca do Tribunal e eles ficaram muito felizes em receber informação sobre Eneida. Foi uma grande oportunidade para que tivessem esse acesso”, avaliou Josiane Neves, bibliotecária do Tribunal.
21/10/2016
Chá Literário para Eneida de Moraes
Homenagem à escritora teve palestra de Amarilis Tupiassu
“Aqui jaz Eneida. Esta mulher nunca topou chantagem”. Este epitáfio, em Santa Izabel do Pará, revela uma das faces de Eneida de Moraes. Conhecida pela sua insubordinação e, ao mesmo tempo, pela sua paixão incondicional por Belém, a escritora foi tema de mais uma edição do Chá Literário, promovido pelo DDI / Divisão de Biblioteca do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), nesta sexta-feira, 21, na Biblioteca Desembargador Antônio Koury, no edifício sede.
A vida e obra da irrequieta e insubmissa Eneida de Moraes foi apresentada pela professora dra. Amarilis Tupiassu, que detalhou aspectos relevantes da produção literária e das relações com a família e amigos. “Eneida era afetuosa. Foi amiga de (Carlos) Drummond (de Andrade), quando foi morar por 13 anos no Rio de Janeiro. Morava no mesmo prédio do Manuel Bandeira. E foi presa com Graciliano Ramos”, lembrou.
O gênero literário da crônica foi a produção mais expressiva de Eneida, que trazia como temática a Belém de outrora, o Círio de Nazaré, as vivências na Ilha do Marajó, o Ver-o-Peso e o Estado do Pará. A professora apresentou os livros de Eneida de Moraes, entre eles os de crônicas Aruanda e Banho de Cheiro, que traz o relato sobre Belém. Com linguagem simples, Amarílis afirmou que a escritora não apreciava modelos e padrões.
“Ela era uma demolidora de moldes fixo, irrequieta a ponto de não poder ficar presa na crônica, que é linda e não é exagero. Ela se expandia na crônica em momentos que não sabemos se era é um conto, novela ou mesmo crônica”, explicou.
Após a apresentação, a Associação Carnavalesca A Grande Família fez uma apresentação do enredo , no qual Eneida de Moraes foi homenageada. Os participantes apreciaram o sambaenredo. A servidora Simonne Batista, da Secretaria de Informática, trouxe a mãe que também tem o nome de Eneida para prestigiar o evento. “Sempre que posso participo do evento. É muito importante porque faz o resgate dos nossos autores e de autores nacionais. Como o tema era Eneida, convidei a minha mãe para participar”, disse Simonne. “O meu pai leu um material de Eneida e colocou o nome dela mim. Adorei conhecer um pouco mais dela”, completou Eneide Queiroz, de 80 anos.
A escritora Eneida de Moraes escreveu para o Jornal do Brasil, Diário de Notícias e Manchete, quando trabalhou como jornalista e cronista. Apaixonada pelos rios da Amazônia, Eneida, durante os anos 20 e 30, colaborou ainda em jornais como o Estado do Pará, o Para Todos - do Rio de Janeiro - e nas revistas Guajarina, A Semana e Belém Nova. Em 1930, fixou residência na capital carioca, onde filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Por causa dessa atuação militante, a escritora foi presa várias vezes. A primeira prisão aconteceu em 1932 e uma série de outras ocorreram durante o Estado Novo.
Fundadora do Museu da Imagem e do Som do Pará, em 1971, Eneida publicou de 11 livros e várias traduções. Escreveu “História do carnaval carioca” em 1958, a primeira grande obra sobre o assunto, que estabeleceria as principais categorias do carnaval brasileiro ao definir o conceito de cordões, corso, ranchos, sociedades e entrudo, entre outros. Eneida também foi criadora do baile do Pierrot no Rio de Janeiro e em Belém.
18/10/2016
Chá Literário celebra Eneida de Moraes
Encontro ocorrerá nesta sexta-feira, 21, na biblioteca do TJPA
30/09/2016
Escola Santo Afonso recebe ação social
Projetos dos TJPA foram apresentados a estudantes e professores
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Santo Afonso, localizada no bairro do Telégrafo, em Belém, recebeu, nesta quinta-feira, 29, várias atividades sociais do Tribunal de Justiça do Estado (TJPA). A programação levou ao ambiente escolar os projetos Chá Literário, Museu sobre Rodas, o método Círculo de Paz, além de uma apresentação musical.
O Chá Literário abordou vida e obra da escritora Cecília Meirelles, por meio de palestra conduzid...a pela mestre em Letras e professora do Núcleo Pedagógico Integrado (NPI), Elisama Fernandes Araújo. Após a palestra, o músico Pedro Alcântara Barbosa Neto interpretou alguns poemas musicados da escritora.
Diretora do Departamento de Documentação e Informação do TJPA, Pollyanna Pires ressaltou a importância da presença do Poder Judiciário do Pará no ambiente escolar. "O Tribunal cumpre sua função social vindo às escolas, levando um projeto de incentivo à leitura, que é o Chá Literário, com a valorização dos nossos autores nacionais, regionais e oferece a eles (alunos) momentos de incentivo, de valorização da nossa cultura, dos nossos autores e podemos falar porque esses autores são relevantes para o nosso país", disse.
19/08/2016
Fórum de Castanhal recebe Chá Literário
A Comarca de Castanhal recebeu na manhã desta sexta-feira, 19, o projeto “Chá Literário”, que em sua 10ª edição homenageou a escritora Clarice Lispector. Para fazer a mediação do evento, foi convidada a graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e integrante do Núcleo Interdisciplinar KAIRÓS – Estudo de Poética e Filosofia da UFPA, Merissa Ferreira Ribeiro. Participaram do evento os juízes Ivan Perez, Betânia Batista, além de servidores lotados na Comarca.
Após uma leitura dramática do conto “Tanta Mansidão“ interpretada pela servidora Érika Nunes, da Coordenadoria de Imprensa, Merissa Ribeiro falou sobre a vida e a obra da escritora e apresentou um trecho de entrevista que Clarice Lispector concedeu à TV Cultura pouco antes de seu falecimento.
12/08/2016
Projeto discute legado de Clarice Lispector
Chá Literário da Biblioteca do TJPA chegou em sua 10º edição
10ª edição do Chá literário homenageou Clarice Lispector
Em sua 10ª edição, o projeto “Chá Literário”, da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), homenageou a escritora Clarice Lispector. O projeto tem como proposta debater autores locais e nacionais, alternadamente. Em sua edição anterior, o paraense Bento Bruno de Menezes Costa foi o homenageado. Chegada a vez de escolher um autor nacional, Clarice Lispector foi eleita, como todos que já passaram pelo projeto, pela relevância de sua obra. A diretora do Departamento de Documentação e Informação do Judiciário, Pollyanna Pires, ressalta que o evento já está consolidado e enriquece o conhecimento dos participantes.
“Percebemos um projeto já consolidado, com um público fixo e um público que sempre vem para conhecer, a depender do autor. Então, por exemplo, Clarice era uma autora que várias pessoas pediam e o legal é perceber uma qualificação da participação das pessoas. Talvez conhecer, lê alguma coisa, mas não sabe da história, da vida do autor. Então, enriquece muito”, observou.
A servidora da Coordenadoria de Gestão Estratégica do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), Luciana Fernandes, participou pela primeira vez do Chá Literário. “Eu acho importante a questão cultural mesmo, desse contato com os nossos escritores, pessoas que, de uma certa forma, contribuíram para a questão literária do País. A Clarice, com certeza, foi um deles”, disse.
Para fazer a mediação do evento, foi convidada a graduanda em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA), e integrante do Núcleo Interdisciplinar KAIRÓS – Estudo de Poética e Filosofia da UFPA, Merissa Ferreira Ribeiro. Merissa Ribeiro apresentou um pouco sobre a vida e a obra da escritora e apresentou um trecho de entrevista que Clarice Lispector concedeu à TV Cultura pouco antes de seu falecimento. Merissa destacou algumas características da autora.
“O que me chama, particularmente, muita atenção na obra dela, é como ela descreve o processo artístico, como ela percebe a escrita, o que é a escrita para ela. Nós vimos na entrevista, por exemplo, ela falando que não se considera escritora. Para mim, na minha interpretação, essa fala é fruto de uma mentalidade que concebe a escrita como algo natural, não é uma profissão, a escrita simplesmente acontece. Ela vive, ela se questiona, e todos esses questionamentos vão brotando a escrita naturalmente”, explicou.
Entre suas obras, estão os romances Perto do Coração Selvagem, Lustre, A Cidade Sitiada, A Noite, A Hora da Estrela; as crônicas e contos: Laços de Família, A Legião Estrangeira, A Imitação da Rosa. Na literatura infantil: Mistério do Coelho Pensante, A Vida Íntima de Laura, A Mulher que Matou os Peixes, Quase de Verdade. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas.
Clarice Lispector nasceu em 1920, na Ucrânia, mas se naturalizou brasileira. Seu falecimento foi em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro. O Chá Literário sobre Clarice Lispector também ocorrerá em 19 de agosto, no Salão do Júri do Fórum de Castanhal, às dez da manhã.
08/08/2016
Chá Literário terá Clarice Lispector
Evento ocorrerá na Biblioteca do TJPA e no Salão do Júri de Castanhal
Clarice Lispector é a autora nacional homenageada na 10ª edição
31/05/2016
Bruno de Menezes no Magalhães Barata
Poeta paraense foi tema do Chá Literário na escola técnica estadual
Poeta, preto, pobre e da periferia, Bruno de Menezes só concluiu o ensino primário, mas em 1917, cinco anos antes da Semana de Arte Moderna, escreve o poema “Arte Nova”, no qual rompe com os cânones estéticos da poesia para exigir a liberdade criação, um dos pressupostos do modernismo - “Eu quero um’Arte original... Daí/esta insatisfação na minha Musa!/Ânsias de ineditismos que eu não vi/e o vulgo material inda não usa!”.
Foi esse papel de vanguarda do modernismo na poesia brasileira que fundamentou a palestra do professor Marcos Valério Lima Reis, mestre em Comunicação, Linguagens e Cultura pela Universidade da Amazônia, à qual apresentou a dissertação “Entre poética e batuques – Trajetórias de Bruno de Menezes”.
Ele falou para estudantes dos cursos de Edificações, Segurança do Trabalho e Mecânica, da Escola Técnica Magalhães Barata, no Telégrafo, durante o Chá Literário produzido pelo Tribunal de Justiça do Pará.
Na ocasião, os estudantes tiveram a oportunidade de visitar também o Museu Sobre Rodas e uma exposição que faz a síntese dos fatos mais importantes nos 143 anos do Judiciário Paraense.
O chá literário teve a participação especial de Irmã Marília Menezes, filha do poeta, que declamou os poemas “Mãe Preta” e “Igreja do Arrabalde” e foi muito aplaudida pelos estudantes, que pediram bis.
O compositor Edir Gaya fez uma apresentação ao violão do poema Liamba, do livro "Batuque", que ele musicou.
Apresentaram-se também o Grupo de Carimbó de Icoaraci e o “Vivendo a Dança na Terceira Idade”, que tocaram e dançaram o retumbão executado em louvor a São Benedito durante a marujada, em Bragança, e muito carimbó.
A oitava edição do “Batuque”, livro de Bruno de Menezes que introduz o modernismo na poética da Amazônia e apresenta o negro como elemento constituinte do povo brasileiro, foi dado de presente por Irmã Marília para as professoras de História e Artes.
Ao final, a diretora do Departamento de Documentação e Informação do TJPA, Pollyanna Pires, que coordena o projeto, informou que o próximo Chá Literário será proposto à escola José Veríssimo, onde Bruno de Menezes estudou. Ela disse que a escolha atende a um pedido de Irmã Marília, filha do poeta, que em 2 de julho completará 53 anos de falecimento.
Ao final, estudantes, professores e demais participantes do Chá Literário encerraram o evento com uma roda de carimbó de Verequete, em honra de Bruno de Menezes.
18/03/2016
Chá Literário celebra Bruno de Menezes
Obra do poeta foi tema de evento na biblioteca do TJPA
Servidores do Poder Judiciário tiveram a oportunidade de ouvir e sentir a obra literária do paraense Bruno de Menezes, na manhã desta sexta-feira, 18, na biblioteca do prédio-sede. O poeta, que completaria 123 anos no próximo dia 21, foi o autor homenageado na 9ª Edição do Chá Literário promovido pelo Departamento de Documentação e Informação do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
Vida e obra do autor foram apresentadas pelo jornalista e professor da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra), Marcos Valério Lima Reis, cuja dissertação de mestrado, de 2012, trata sobre a obra do poeta. Ele destacou, por exemplo, que Bruno de Menezes, mobilizou os escritores paraenses da época para que se promovesse a literatura regional, visto que na época a população prestigiava, prioritariamente, a literatura clássica da Europa. “Os autores paraenses tinham produção, mas não conseguiam divulgar”, contou o jornalista.
O pesquisador também lembrou que a obra de Bruno de Menezes refletia as vivências, os personagens e o cotidiano do povo, em especial, valorizava a população negra da região.
Na ocasião, os presentes tiveram a oportunidade de ouvir alguns versos do poema “Mãe Preta”, escrito em homenagem à própria mãe. Os versos foram declamados por uma das filhas do poeta, irmã Marília Menezes. Já o poema “Liamba”, foi musicado e apresentado pelo compositor, músico e jornalista, Edir Gaya.
As homenagens continuaram com o “Grupo Carimbó de Icoaraci" que também fez intervenções musicais baseadas na mais célebre obra do poeta, “Batuque”, considerado o introdutor do modernismo na Amazônia. Funcionárias terceirizadas do TJPA acompanharam a apresentação com um número de dança.
Filha do poeta, a professora Lenora Menezes aprovou a iniciativa. ´”Eu achei ótimo. É essencial para que o movimento literário vinculado ao Pará continue a ser divulgado num centro de tanta cultura”, afirmou.
A ação deu oportunidade para que a obra chegasse a pessoas que nunca tiveram acesso aos livros de Bruno de Menezes. Este foi o caso do digitador Alex Ribeiro, 30 anos, que aceitou o convite para participar do evento. “Achei muito interessante. Me deu vontade de fazer pesquisa sobre a obra do autor”, revelou.
Biografia - Bento Bruno de Menezes Costa nasceu no Jurunas, em Belém do Pará, filho de Dionísio Cavalcante de Menezes e Balbina Maria da Conceição Menezes. Foi patrono da cadeira nº 2 do Instituto Cultural do Cariri. Cursou apenas o primário no grupo escolar José Veríssimo. Foi aprendiz de encadernador, profissão que lhe garantiu o contato com livros e desenvolveu seu gosto pela literatura e pelo conhecimento. Faleceu aos 70 anos, de um infarto, no dia 2 de julho de 1963, no Amazonas.
14/03/2016
TJPA celebra poesia de Bruno de Menezes
Ele faria 123 anos no próximo dia 21 e será lembrado em Chá Literário
A nona edição do Chá Literário promovido pelo Departamento de Documentação e Informação do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), nesta sexta-feira, 18, celebrará a poesia do poeta Bruno de Menezes, cujo aniversário de nascimento será lembrado no próximo dia 21, segunda-feira, quando ele faria 123 anos.
O Chá Literário é aberto ao público e será realizado a partir das 10 horas, na Biblioteca Desembargador Antônio Koury, que fica no prédio-sede da instituição, na Avenida Almirante Barroso, e será conduzido pelo jornalista e professor da Universidade da Amazônia (Unama), Marcos Valério Lima Reis, cuja dissertação de mestrado, de 2012, trata sobre a obra do poeta.
Durante a exposição, o professor Marcos Valério pontuará suas falas com imagens de Belém, projetadas em datashow, relacionadas ao cotidiano do poeta Bruno de Menezes, coletadas durante a pesquisa que fundamenta sua tese de mestrado – “Entre poéticas e batuques – trajetórias de Bruno de Menezes.
O Grupo Carimbó de Icoaraci também fará intervenções musicais baseadas na mais célebre obra do poeta, “Batuque”, considerado o introdutor do modernismo na Amazônia.
Professor e pesquisador da Unama, Paulo Nunes saudou assim o lançamento da 8ª edição do “Batuque”, em setembro do ano passado, trabalho meticuloso feito pela família do poeta: “Bruno de Menezes é uma espécie de farol de milha na nossa literatura no século XX. Referência de modernidade literária, ora porque versejou tendo Baudelaire como provocação (num Bailado Lunar , de 1924, tão afrancesado e sob as maquinações francófonas de Tó Teixeira que, provavelmente, industriou nosso poeta na leitura dos franceses modernos), ora porque não deixou que entre nós o Negritudinismo morresse em abstrações que nos chegariam somente mais tarde através de Francoise Fanon e Aimé Cesaire e da humanidade científica e revolucionaria do grande mestre Vicente Salles. Assim, Bruno de Menezes e este Batuque que ora chega renovado com poemas inéditos em livro e com o prefácio de Amarilis Tupiassú, é um registro pungente da Negritude em terras amazônicas. E por isso Batuque ressoa, e ao ressoar faz muito na sua “visualidade literária sinestésica e dinâmica”: é antologia que incluiu de uma vez por todas o “babalaô de nossa literatura” – como a Bruno se referiu Dalcídio Jurandir (amigo, e de certa forma seguidor) – num capítulo ainda por escrever da literatura negra brasileira do século XX. Os poemas falam por si. Assim viva Bruno! Viva Batuque!”.
Bento Bruno de Menezes Costa nasceu no Jurunas, em Belém do Pará, filho de Dionísio Cavalcante de Menezes e Balbina Maria da Conceição Menezes. Foi patrono da cadeira nº 2 do Instituto Cultural do Cariri. Cursou apenas o primário no grupo escolar José Veríssimo. Foi aprendiz de encadernador, profissão que lhe garantiu o contato com livros e desenvolveu seu gosto pela literatura e pelo conhecimento. Faleceu aos 70 anos, de um infarto, no dia 2 de julho de 1963, no Amazonas.
20/11/2015
ESM recebe Chá com Cecília Meireles
Evento chega à oitava edição com sucesso de público
A Escola Superior da Magistratura recebeu, nesta sexta-feira, 20, a 8ª edição do Projeto Chá Literário, idealizado e coordenado pelo Departamento de Documento e Informação (DDI) do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). Dedicado à vida e obra da escritora e poeta Cecília Meireles, o evento teve como palestrante o professor José Francisco da Silva Queiroz.
O professor declamou várias poesias da escritora e observou que as obras de Cecília Meireles não eram apenas infantis e clássicas, elas denunciavam os problemas sociais, como a prostituição e a morte de animais nas guerras. “Os poemas eram também marcados por muita tristeza por tragédias pessoais que ela sofreu, como a perda dos pais e do esposo”, observou.
Em nome da Escola Superior da Magistratura, a secretária geral da instituição, Ádria Aflalo, fez a abertura do evento e deu as boas vindas ao público, formado por servidores e alunos convidados da Universidade Estácio FAP. Ádria falou da felicidade em receber o projeto na Escola. A Profª. Patrícia Blagitz, que fez o convite ao DDI para realização do Chá na ESM, recebeu alunos convidados destacou a importância do projeto na divulgação e incentivo à leitura.
Para Pollyanna Pires, coordenadora do DDI, o resultado do trabalho tem sido um grande incentivo para a continuidade e ampliação do projeto.
12/11/2015
Fórum Cível recebe Chá Literário
A escritora Cecília Meireles foi a homenageada
A educadora, poetisa e jornalista Cecília Meireles foi a homenageada da 8ª edição do Chá Literário do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), realizado nesta quinta-feira, 12, no Fórum Cível da Belém. “Com mais de 50 obras publicadas, Cecília Meireles foi uma mulher à frente do seu tempo pelas suas atividades, foi uma autora extremamente humana que se preocupava com o outro e usava a poesia para o diálogo”, disse o professor José Francisco da Silva Queiroz, durante a palestra sobre a vida e obra da poetisa.
Segundo o palestrante, uma das obras mais marcantes da escritora é o livro Romanceiro da Inconfidência. Uma coletânea de poemas, publicada em 1953, em que ela deu voz aos personagens da Inconfidência Mineira”. “Romanceiro da Inconfidência foi uma obra que causou estranheza na época, porque Cecília Meireles foi a primeira mulher a tratar das questões políticas do Brasil, o que rendeu lhe muitas críticas”, observou o palestrante.
“As obras de Cecília Meireles não eram apenas infantis e clássicas, elas denunciavam os problemas sociais, como a prostituição e a morte de animais nas guerras”, destacou. “Os poemas eram também marcados por muita tristeza por tragédias pessoais que ela sofreu, como a perda dos pais e do esposo”, ressaltou o Queiroz.
O professor declamou várias poesias da escritora, entre elas o poema Marcha, que o cantor Fagner estilizou para fazer a Música Canteiros, uma das mais conhecidas do artista. Para ele, os poemas que mais marcaram a trajetória da poetisa foram Retratos e Motivos. O primeiro narra a velhice, momento em que Cecília se encontrava quando escreveu. Já o segundo, retrata como ela observa a vida, o que a tornou uma escritora universal.
A analista judiciária Maria José Torres participou do Chá literário e afirmou estar surpresa com a dimensão política das obras da escritora. “Eu admiro a Cecília Meireles e não sabia que ela tinha poemas que denunciavam os problemas sociais, porque eu a conhecia como uma poeta lírica, e não com essa dimensão política”, disse.
Durante a palestra, o professor falou da pesquisa sobre Modernismo Paraense, que está realizando, e pediu ajuda dos servidores no sentido doar revistas e jornais do período de 1920 e 1950, porque as obras da biblioteca pública estão incompletas e algumas indisponíveis para consulta. Ao final, os participantes receberam flores com poemas de Cecília Meireles.
Segundo a coordenadora do Departamento de Documentação e Informação do Tribunal, Pollyanna Pires, no dia 20 de novembro, a Escola Superior da Magistratura (ESM), também irá receber a 8ª edição do Chá Literário. “Hoje viemos prestigiar os servidores da Cidade velha e no dia 10 vamos prestigiar a Escola da magistratura, tudo com o objetivo de incentivar a leitura”, lembrou a gestora.
Trajetória
Cecília Meireles nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. É considerada uma das maiores escritoras brasileiras. Foi professora de línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional. Aos 18 anos, publicou seu primeiro livro de poesias, chamado "Espectro". Seus livros eram influenciados pelo Modernismo, Romantismo e outros.
Na profissão de jornalista, publicava matérias sobre os problemas na educação, e por esse seu interesse, foi fundadora da primeira biblioteca infantil do Brasil, em 1934. Seu interesse pela educação e pelas crianças fez com que tivesse também um grande reconhecimento na poesia infantil, com textos como "O Cavalinho Branco", "Colar de Carolina", "O mosquito escreve" e muitos outros.
No ano de 1939, Cecília publicou "Viagem", livro que acabou ganhando o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Cecília Meireles morreu no dia 9 de novembro de 1964.
09/11/2015
Chá Literário abre alas à poesia
Edição do projeto, nesta quinta, é dedicada à Cecília Meireles
A vida e a obra da escritora Cecília Meireles temperam a próxima edição do Chá Literário do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), marcada para esta quinta-feira, dia 12, a partir das 13h, na Sala de Casamentos do Fórum Cível de Belém. A 8ª edição do Chá vai contar com a apresentação do professor de literatura José Francisco da Silva Queiroz, que fará palestra sobre as poesias da autora.
A bibliotecária Elaine Ribeiro, que integra o Departamento de Documentação e Informação, explica o motivo da escolha de Cecília Meireles. "Nos últimos chás que realizamos, sempre homenageamos escritores homens e que trabalhavam basicamente com prosa. Então, nós optamos por uma mulher e por um outro gênero literário, no caso, a poesia”.
No dia 20 de novembro, a Escola Superior da Magistratura (ESM), na travessa Quintino Bocauíva, também vai receber a 8ª edição do Chá Literário.
Cecília Meireles - Nascida dia 7 de novembro de 1901, a jornalista é considerada uma das maiores escritoras brasileiras, com mais de 50 obras publicadas. Além disso, a poetisa foi professora de línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Aos 18 anos, Cecília publicou seu primeiro livro de poesias, chamado "Espectro". Seus livros eram influenciados pelo Modernismo, Romantismo e outros.
Na profissão de jornalista, publicava matérias sobre os problemas na educação, e por esse seu interesse, foi fundadora da primeira biblioteca infantil do Brasil, em 1934. Seu interesse pela educação e pelas crianças fez com que tivesse também um grande reconhecimento na poesia infantil, com textos como "O Cavalinho Branco", "Colar de Carolina", "O mosquito escreve" e muitos outros.
No ano de 1939, Cecília publicou "Viagem", livro que acabou ganhando o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Cecília Meireles morreu no dia 9 de novembro de 1964.
05/10/2015
Chá literário defende direito de sonhar
Programação foi dedicada a crianças acolhidas em abrigos
O Chá Literário do Tribunal de Justiça do Pará deste mês foi dedicado às crianças. Promovido pelo Departamento de Documentação e Informação (DDI do TJPA), o projeto ocorreu na última sexta–feira, 02, na biblioteca Arthur Viana, do Centro Cultural Tancredo Neves, o CENTUR, com a participação da psicóloga, professora e autora de literatura infantil Tássila Albuquerque Alves. Ela é autora do livro “Ameli: a menina que colecionava sonhos”.
Caracterizada como a personagem Ameli, a escritora contou histórias do livro e pediu que cada criança escrevesse ou fizesse desenhos sobre seus sonhos, formando, ao final, um “varal de sonhos”. Cerca de 20 crianças de 7 a 12 anos, atendidas por instituições de acolhimento da região metropolitana de Belém e crianças pela pastoral social da Paróquia São Francisco de Assis, no bairro do Tapanã, participaram da programação.
“O espaço para as atividades foi preparado de modo que as crianças - algumas delas marcadas por histórico de violência familiar - pudessem falar sobre seus desejos de forma lúdica e prazerosa, exercendo o direito de sonhar com um presente e um futuro melhores”, informaram os organizadores do evento.
A programação teve o apoio da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude – CEIJ e da própria Fundação Tancredo Neves. Participaram também alunos de psicologia da ESAMAZ e a estagiária do TJPA Érica Valente, que auxiliaram nas atividades.
Além de Tássila Albuquerque, o Grupo de Teatro Cacilda Becker divertiu as crianças com teatro de bonecos. Após as atividades, as crianças receberam lanche e brindes.
22/09/2015
Projeto de Saúde chega em Santarém
Biblioteca levou o Chá Literário
27/08/2015
Literatura toma chá com a obra de Dalcídio
Professor Paulo Nunes destaca a singularidade do ciclo Extremo Norte
Menino de beira-rio, do meio do campo, banhista de igarapé. É assim que se apresenta um dos maiores escritores modernistas da literatura brasileira do século XX, nascido em Ponta de Pedras, em 1909, criado em Cachoeira do Arari, no Marajó, e autor de vigorosa obra romanesca sobre a Amazônia paraense, conhecida como Ciclo Extremo Norte, composta por 10 livros que trazem para o centro da cena ficcional a dura realidade do povo pobre das barrancas e ribanceiras marajoaras e tapajônicas e dos subúrbios da capital, dando voz e protagonismo aos deserdados e expondo as mazelas sociais e suas causas, muitas das quais perduram até hoje: Dalcídio Jurandir foi o personagem da 5ª edição do Chá Literário, promovido pela direção da Biblioteca Desembargador Antônio Koury, nesta quinta-feira, 27, com o professor doutor Paulo Nunes, do Programa de Mestrado sobre Linguagens, Comunicação e Cultura da Universidade da Amazônia (Unama), cuja tese de doutorado focou vida e obra do escritor marajoara.
Paulo Nunes chamou a atenção para o fato de que em um período de 50 anos, entre 1929 e 1979, ano do falecimento do escritor, Dalcídio Jurandir investiu-se da missão singular de traçar um painel esmiuçado da Amazônia paraense, “suas contradições, encantos e desencantos”.
O caráter fortemente autobiográfico e permeado por observações psicológicas dos personagens de sua obra, segundo Paulo Nunes, o aproximam de escritores que moldaram a literatura contemporânea ocidental, como Honoré de Balzac e James Joyce.
Sua filiação ao Partido Comunista e a adoção do realismo socialista como premissa de seus romances, longe de os transformarem em meros panfletos, imprimem um mergulho na linguagem e nas tradições culturais, reproduzindo o universo imaginário e real dessas populações e identificando leitor e personagens, através de traços característicos do linguajar e dos modos de vida das populações amazônicas, sobretudo as do Marajó e as dos subúrbios de Belém.
TUCUMÃ
As aventuras de Alfredo, nome do pai de Dalcídio e alterego do escritor nas suas histórias, permeiam a série de romances desde “Chove nos Campos de Cachoeira”, no qual o menino traça planos de morar e estudar na capital, imerso na fantasia do seu caroço de tucumã, ao qual manifesta seus desejos mais íntimos e seus medos mais viscerais.
Paulo Nunes assinala que Dalcídio integra a segunda das três fases em que se divide o modernismo no País, a primeira delas entre 1922 e 1930, na qual a Amazônia – e Belém como porta de entrada da região – é o foco dos estudos, pesquisas e textos de figuras como Oswald de Andrade, o autor do anárquico-literário Manifesto Antropofágico, cuja mãe era de Óbidos e ele mesmo era sobrinho do escritor Inglês de Souza; Raul Bopp, que estudou na antiga Faculdade de Direito do Largo da Trindade; Manuel Bandeira, que morou em Belém e escreveu ao menos um poema antológico sobre a cidade; e Mário de Andrade, cuja inspiração para o seu grande romance, Macunaíma, vem do período em que fez a mítica viagem antropológica pelo litoral do Amazonas, até o Peru, coletando manifestações culturais, linguagem e lendas da região.
“Dalcídio é da segunda geração, que vai de 1930 a 1945,e nos traz escritores como Jorge Amado, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Graciliano Ramos”, disse Paulo Nunes, aos destacar a beleza metafórica de seus romances e a forte identificação com alguns pressupostos do modernismo, que traz as vozes do povo para a literatura e redescobre os vários Brasis que existem dentro do Brasil.
Nunes destacou também a dedicação completa à própria obra por parte de Dalcídio, que era completamente avesso à exposição pública e foi um intelectual muito perseguido – e preso – por suas convicções políticas. Ele chegou a ser auxiliar de cozinha e agente de turismo, mas foi no jornalismo que se destacou, sempre na perspectiva de sua ideologia política, na revista Diretirzes, do Partido Comunista Brasileiro. Foi fruto dessa atividade o único romance que não integra o Ciclo Extremo Norte – Linha do Parque -, que ele escreveu quando foi cobrir uma greve de trabalhadores em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
VÍDEO
Ao final da exposição, houve a apresentação de um vídeo produzido pela Unama, com os filhos do escritor e leitores de sua obra, a maior parte dela esgotada e sem reedições à altura da importância do escritor para a literatura brasileira.
Ainda assim, Paulo Nunes lembrou que, recentemente, o Correio Braziliense publicou uma lista com os 50 maiores nomes da literatura nacional, na qual Dalcídio figura como o 37º.
Uma exposição com livros do escritor também ficará à disposição dos interessados no hall da biblioteca. Ao final, a juíza convocada Nadja Nara Cobra Meda entregou um certificado ao professor doutor Paulo Nunes e disse da emoção de todos os presentes por estarem conhecendo um pouco mais sobre a vida e a obra de um grande intelectual paraense. Você pode ler mais sobre Dalcídio Jurandir e sua obra aqui.
20/08/2015
Dalcídio no Chá Literário do TJPA
Público também poderá conferir, no dia 27, exposição com 12 painéis
O escritor paraense Dalcídio Jurandir é o próximo homenageado do projeto Chá Literário, que será realizado no dia 27 de agosto, às 10h, na Biblioteca Desembargador Antônio Koury, no prédio sede do TJPA. Paralelamente ao Chá Literário, o público que visitar a sede, poderá conferir 12 painéis da exposição “Dalcídio Jurandir – barro do princípio do mundo”, que pertence a “Casa da Memória”, da Universidade da Amazônia (UNAMA).
Os participantes do chá terão a oportunidade de conferir documentário e palestra com o professor Paulo Nunes, que teve o autor como tema de seu doutorado. A diretora do Departamento de Documentação e Informação, Pollyana Pires, explicou que a discussão acerca da obra será dinâmica e interativa. Ainda na ocasião, também haverá exposição dos livros do autor e a editora Paka Tatu colocará exemplares à venda.
O autor – Dalcídio Jurandir nasceu em janeiro de 1909, no município de Ponta de Pedras, ilha do Marajó, Pará. Chegou a ser preso em 1935 por suas idéias esquerdistas, tendo participado ativamente do movimento da Aliança Nacional Libertadora. O paraense se mudou para o Rio de Janeiro em 1941, onde faleceu no dia 16 de junho, com a doença mal de Parkinson. O prefeito do Rio de Janeiro, Israel Klabin, deu seu nome a uma rua da Barra da Tijuca e, em 2003, foi fundado o Instituto Dalcídio Jurandir, na cidade do Rio de Janeiro.
Dalcídio é autor dos livros “Chove nos Campos de Cachoeira”, “Marajó”, “Três Casa e Um Rio”, “Linha do Parque”, “Passagem dos Inocentes”, “Os Habitantes”, “Primeira Manhã”, “Chão dos Lobos”, Belém do Grão Pará”, “Ribanceira” e “Ponte do Galo”.
Além disso, foi colaborador de várias revistas, entre elas, “Leitura” e “O Cruzeiro”; e de diversos jornais como o “O Imparcial”, “Crítica”, “Estado do Pará”, “Diário de Notícias”, “Correio da Manhã” e “Tribuna Popular”. Trabalhou ainda na redação do jornal “O Radical”, assinou ainda colunas e fez várias reportagens.
Dalcídio foi primeiro lugar no concurso literário promovido pela Revista Dom Casmurro, em 1940. Vinte anos depois, o escritor paraense recebeu o prêmio Paula Brito, da Biblioteca do Estado da Guanabara e o prêmio Luiza Cláudio de Souza, instituído pelo Pen Clube do Brasil. Em 1972, recebeu o prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de obras, concedido pela Academia Brasileira de Letras.
Projeto - O Chá Literário, do Departamento de Documentação e Informação, tem como objetivo apresentar a literatura nacional e regional, de uma forma dinâmica e descontraída. Desde o lançamento, em novembro de 2014, já foram homenageados Jorge Amado, Walcyr Monteiro e Machado de Assis.
Além disso, em junho de 2015, por meio do projeto “O Judiciário vai à Escola”, o Chá Literário levou a escritora paraense Bella Pinto, de Óbidos, até a Escola Municipal de Ensino Fundamental Manuela de Freitas, em São Brás. Na ocasião, a escritora conversou com os alunos sobre o seu livro “Uerê”, que trata da questão indígena a partir da vida de um personagem.
26/06/2015
Escola Manuela de Freitas recebe o Chá Literário
A comunidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental Manuela de Freitas, em São Brás, teve uma manhã dedicada à história, literatura e à consciência sobre sinais de violência sexual contra crianças e adolescentes. O projeto “Judiciário vai à Escola”, do Tribunal de Justiça do Pará, levou três projetos aos alunos, professores, servidores e pais – “Minha Escola, Meu Refúgio”, o “Chá Literário” e o “Museu sobre Rodas”. No “Chá Literário”, a escritora paraense Bella Pinto, de Óbidos, no oeste do Pará, conversou com os alunos sobre o seu livro “Uerê”, que trata da questão indígena a partir da vida de um personagem. A escritora disse que sua inspiração vem da infância. “Nasci na cidade de Óbidos, uma cidade ribeirinha, e de lá eu trago toda essa inspiração pra falar sobre índios, pra falar sobre a Amazônia, da experiência que tive e daquilo que meus pais me contavam, pois eu era uma criança muito aguçada e perguntava muito”, disse a escritora.
20/03/2015
Chá Literário discute obra de Machado
Projeto promoveu palestra e encenação sobre autor de Dom Casmurro
A obra de Machado de Assis marcou a 3º edição do Chá Literário da biblioteca Desembargador Antônio Koury, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), nesta sexta-feira, dia 20. Magistrados e servidores participaram da palestra sobre o autor, ministrada pelo professor Geovane Belo, e assistiram à apresentação do grupo Versivox, sobre o romance Dom Casmurro.
O presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargador Constantino Guerreiro, e a desembargadora Vera Araújo, presidente da Comissão de Jurisprudência, Biblioteca e Revista, acompanharam o Chá Literário, que se propõe a apresentar escritores brasileiros ao público de forma dinâmica e descontraída.
Clássicos como Helena, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Alienista e contos de Machado de Assis foram comentados no bate-papo com o professor Geovane Belo, que fez um rápido perfil e discutiu a obra do autor. Ele citou “a profundidade do trabalho de Machado no diálogo que ele traça com o realismo, a crítica social e principalmente a ironia refinada com que ele produz textos, numa linguagem ácida e que sabe debochar de costumes”. Segundo Geovane, é uma maneira sempre interessante de “olharmos para nós mesmos, dos aspectos que são inerentes ao nosso comportamento, fadados ao erro, ao desleixo, a preguiça, ao tédio. Esses temas são muito caros ao Machado de Assis e servem para a gente fazer uma reflexão existencial diante da nossa contemporaneidade”, explicou.
O coordenador de Saúde e Desenvolvimento de Avaliação de Pessoal, do TJPA, Manoel de Christo, ficou satisfeito com a iniciativa. “Os servidores, no seu horário de trabalho, têm um momento para a literatura e a arte. Isso é cultura, isso é vida, isso é qualidade de vida no trabalho. Quando a gente respira cultura, a gente respira possibilidades de estabelecer relacionamentos melhores, de prestar mais atenção em si e, consequentemente, a ação para o jurisdicionado também é bem melhor”, afirmou.
O presidente Constantino Guerreiro destacou a função sociocultural da biblioteca do Judiciário. “A biblioteca leva o nome do desembargador Antônio Koury em homenagem à cultura. Com isso, o Poder Judiciário amplia o serviço institucional ao aliar o conhecimento como função sociocultural da biblioteca”, disse.
Para a desembargadora Vera Araújo, o intuito do Chá Literário é apresentar escritores brasileiros de forma dinâmica aos magistrados e servidores. “O Chá Literário busca de uma forma bem descontraída levar ao público, em especial aos servidores, um contato mais próximo com os grandes escritores brasileiros, aí inseridos os escritores locais”, afirmou.
A biblioteca Antônio Koury, do Tribunal de Justiça do Pará, localizada na avenida Almirante Barroso, nº 3.089, reúne cerca de 30 livros de Machado de Assis. As obras podem ser consultadas e emprestadas por magistrados e servidores após o credenciamento. O período do empréstimo é de sete dias. O horário de funcionamento é de 8h às 14h.
Fonte: Coordenadoria de Imprensa
Texto: Will Montenegro
Foto: Érika Nunes
06/03/2014
Machado de Assis é tema de Chá Literário
A 3º Edição do Chá Literário será dedicada à vida e à obra de um dos maiores escritores da literatura brasileira: Machado de Assis. Convidado para o evento, o doutorando em educação Geovane Belo vai traçar a trajetória do escritor no cenário da literatura brasileira e internacional. O Chá Literário, que tem o propósito de apresentar escritores brasileiros ao público de forma dinâmica e descontraída, está marcado para a próxima sexta-feira, 20, às 10 horas, na Biblioteca desembargador Antônio Koury do Tribunal de Justiça do Pará.
Segundo a coordenadora do Departamento de Documentação e Informação do Tribunal, Pollyanna Pires, os eventos anteriores reuniram cerca 80 servidores que conheceram a vida e a obra dos escritores Jorge Amado e Walcyr Monteiro. “Os servidores se animam ao conhecer a literatura e acabam tomando livros emprestados sobre o tema. Muitos até deixam sugestões de autores para os próximos eventos”, disse Pollyanna.
A biblioteca do TJPA reúne cerca de 30 livros do autor que estarão à disposição dos servidores. Clássicos como Helena, A Mão e a Luva, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Ressurreição e Yaya Garcia poderão ser consultados e emprestados pelos servidores que devem apresentar o crachá para se credenciar. O período de empréstimo é de sete dias.
Pollyana ressaltou que o projeto já rendeu parceria. A Coordenadoria de Saúde irá auxiliar o Chá Literário na busca por talentos no Judiciário. “Servidores que desejem participar do projeto cantando, contracenando ou oferecendo qualquer outro dom artístico podem nos procurar e enriquecer o evento”. Ela explicou também que o Chá Literário irá se unir ao projeto Sarau Criativo da Coordenadoria de Saúde. Ambos serão expandidos para outras unidades judiciais da Capital e do interior do Estado.
Mediador - Geovane Belo também é mestre em Artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA), pós-graduado em Ensino e Aprendizagem de Língua Portuguesa e Literaturas pela mesma instituição, graduado em Letras pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Além de professor, escreve crônicas e poesias publicadas em diversos jornais impressos e portais na internet. Participa como recitador do projeto “A Noite é Uma Palavra”, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur) e do Circuito Literário Banco da Amazônia.
18/12/2014
Chá Lítero com Walcyr Monteiro
Dezenas de servidores foram prestigiar a visita do escritor paraense Walcyr Monteiro à biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), na manhã desta quarta-feira, 17. O evento foi mais uma edição do projeto Chá Lítero, que visa oferecer aos servidores um maior conhecimento da literatura e da cultura paraense, brasileira e de outros lugares do mundo.
Desta vez, as lendas, as histórias de assombrações e as curiosidades históricas do Pará foram o foco da conversa, baseados no best seller do autor, intitulado “Visagens e Assombrações de Belém”, além das demais publicações de Walcyr. “Eu só posso agradecer de ter tido o trabalho reconhecido ainda em vida. Na verdade, eu tenho muito mais coisa ainda a publicar porque não tem nada inventado por mim nas historias de lendas e mitos que eu conto. Tudo é produto de pesquisa tanto no que se concerne a Belém como em relação à Amazônia”, ressaltou o escritor.
No hall de entrada do edifício-sede, também houve uma exposição de fotos de Isa Rodrigues, fotógrafa que fez uma série de imagens inspiradas nas obras de Walcyr. “A literatura em qualquer âmbito é sempre muito bem vinda, não só a leitura em si pela escrita, mas também pelas imagens. Eu optei por fotografar o ar de mistério da floresta amazônica e dos seus rios, que estão lendas amazônicas”, disse Isa Rodrigues.
A iniciativa do Chá Lítero foi aprovada pela servidora Ruth Araújo. “É importante demais o Tribunal facilitar até no nosso horário de trabalho essa oportunidade para a gente conhecer mais, porque realmente ficou bem claro a nossa falta de conhecimento e de comprometimento com a história do nosso Estado. A nossa cultura é muito rica, a gente só conhece muito o Círio de Nazaré, mas não valorizamos as demais coisas que temos aqui”. Ao final, os servidores ainda participaram de um lanche e ganharam brindes temáticos.
Fonte: Coordenadoria de Imprensa
Texto: Anna Carla Ribeiro
Foto: Tribunal / Érika Nunes / TJPA
07/11/2014
1º Chá Lítero Cultural
Com o intuito de apresentar a literatura nacional e regional, de uma forma dinâmica e descontraída, a Biblioteca Desembargador Antônio Koury do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) promoveu o 1º Chá Lítero Cultural, na manhã desta sexta – feira, 7, que reuniu dezenas de servidores na biblioteca do edifício-sede.
A servidora Jossette Lanssence, que presta serviços há mais de 30 anos no Tribunal, afirmou que o evento proporcionou o conhecimento do universo da literatura, que vai além do mundo jurídico. Jossette acrescentou que a atividade despertou o interesse do servidor pela leitura dos clássicos da literatura brasileira.
As obras do escritor baiano Jorge Amado foram o tema escolhido para o primeiro chá, apresentado pelo professor de Língua Portuguesa, Genésio Gomes, com um diálogo interativo. Ele ressaltou que o conteúdo literário das obras de arte pode contribuir para as decisões da justiça e que essa arte deve ser levada para todos os segmentos. Na oportunidade, foi exibido um vídeo com toda a história de vida e a descrição das obras do escritor baiano.
Para a desembargadora Vera de Araújo de Souza, o evento é importante para aproximar os magistrados e servidores dos acervos da biblioteca, além de poder incluir a leitura nos momentos de folga e lazer. Durante o encontro, o público pôde assistir uma parte peça Dona Flor e Seus Dois Maridos e ouvir a música do tema Gabriela, Cravo e Canela.
Vida e obra – Nascido na Bahia, Jorge Leal Amado de Farias foi um dos mais famosos e traduzidos escritores de todos os tempos. Integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da primeira metade do século XX. Com isso, sua obra foi considerada a mais adaptada ao cinema, teatro e televisão. Seus principais livros são Dona Flor e Seus Dois Maridos; Tenda dos Milagres; Tieta do Agreste; Gabriela, Cravo e Canela; e Tereza Batista Cansada de Guerra.
Fonte: Coordenadoria de Imprensa
Texto: Marcela Coelho
Foto: Érika Nunes / TJPA