5ª edição ocorreu nesta sexta-feira, 25 e uniu mais de 40 casais, no auditório Des. Otávio Marcelino Maciel
A Ouvidoria Agrária do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) promoveu nesta sexta-feira, 25, a 5ª edição do Casamento Comunitário. A cerimônia civil, presidida pelo ouvidor agrário do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), desembargador Mairton Marques Carneiro, simbolizou o início da constituição de novas famílias e oficializou as uniões de 42 casais da capital e do interior, no auditório Desembargador Otávio Marcelino Maciel, no prédio da Ouvidoria Agrária do TJPA, em Belém.
Flores, a tradicional marcha nupcial de entrada dos casais e outros ritos marcaram a cerimônia, que teve direito a entrada triunfal de noivos e noivas ao início da celebração. Os casais foram divididos em três grupos e perante o juiz de paz Alfredo Augusto Rodrigues, trocaram votos e alianças. Após a cerimônia, os casais receberam suas respectivas certidões, emitidas pelo Cartório de Registro civil 2° ofício Guedes de Oliveira.
O Casamento Comunitário está inserido no projeto Revolução Agrária, iniciativa da Ouvidoria Agrária do TJPA que tem por objetivo fixar o homem no campo. Ao dirigir a palavra aos casais, o desembargador Mairton Marques Carneiro reforçou a importância dos pactos de fidelidade e de união selados no casamento e explicou a relação entre o projeto e a oficialização das uniões para a consecução desse objetivo.
“Ao criar vínculo familiar, o homem já não é um nômade, não é uma pessoa que invade uma terra e logo em seguida vende, já possui um vínculo, porque se for casado precisará da assinatura de uma esposa e do casamento comunitário. Quando se cria uma família o amor floresce e o homem se fixa na terra. Quem hoje está lutando por uma terra no campo irá futuramente tirar o provento desta situação”, explicou o magistrado.
Rosano Duarte e Jaqueline Santos Costa souberam do casamento por meio de uma amiga e se inscreveram e realizaram a habilitação. Após 16 anos de união e quatro filhos, o casal residente no bairro da Condor celebra o grande passo cumprido com a chegada da oficialização da união. “Para mim é muito importante, já tínhamos tentado outras vezes, mas não deu certo por questões financeiras e agora é importante, porque também é uma oficialização aos olhos de Deus”, afirma a noiva Jaqueline.
A formação e consolidação de novos laços familiares entre os casais foram lembradas pelo juiz de paz Alfredo Rodrigues na ocasião. “É muito gratificante celebrar este casamento por tudo o que ele significa. É uma responsabilidade muito grande para nós estarmos aqui presentes. Pensamos em casamento como aquele rito de passagem de passar do estado solteiro para casado, mas não é só isso O casamento tem o condão muito especial de unir duas pessoas para a constituição de uma família”, disse.
Ao final da celebração foi servido um coquetel em homenagem aos nubentes e cada noiva recebeu um docinho bem-casado, simbolizando a união entre eles como uma forma de desejá-los sorte e prosperidade. Após a cerimônia os casais posaram para a foto nupcial ao lado do bolo e receberam cestas básicas.
Ilma Moreira e Edilcleison de Melo estão juntos há onze anos e têm uma filha. A oportunidade de realizar o casamento civil é vista como uma graça alcançada para a noiva. “É uma bênção de Deus, porque estávamos esperando há tanto tempo, surgiu a oportunidade e conseguimos. Estou muito feliz”, disse. Seu noivo, Edilcleison, confirma. “É uma grande oportunidade para os casais”.
A execução do projeto ocorre por meio de parcerias, firmadas pela Ouvidoria Agrária com a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, Governo do Estado, Sistema FAEPA, Imprensa Oficial do Estado, Cartório Guedes de Oliveira, Associação dos Notários e Registrdores do Pará (Anoreg), Ministério Público Estadual, Federação de Agricultura do Estado do Pará (Faepa), além de magistrados e magistradas agrários (as) das Comarcas de Castanhal, Redenção, Altamira, Marabá, Santarém, além da equipe de servidores e servidoras da Ouvidoria.
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