Os 50 anos do Museu do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), intitulado "Desembargador Agnano de Moura Monteiro Lopes", foram comemorados com programação especial nesta sexta-feira, 10. O evento, que contou com a participação da presidente do TJPA, desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro, reuniu palestras sobre a relevância da preservação da memória, a inauguração de um espaço virtual dedicado às vítimas da Covid-19 que trabalhavam no Judiciário paraense e a apresentação cultural. A programação foi realizada de forma híbrida, ou seja, tanto presencialmente quanto online, em atenção às medidas de prevenção à Covid-19, no auditório do Anexo I do complexo sede do Poder Judiciário do Pará.
A presidente da Comissão de Gestão Documental e Comissão de Gestão de Memória do TJPA, desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias, realizou o discurso de abertura da programação. “Para nós, é uma satisfação enorme termos sido pioneiros na Federação na criação de um museu no Judiciário e de sermos atuantes até hoje. Para os estudantes, e falo isso porque também sou professora, é muito importante aprenderem sobre a nossa história, sobre os nossos antepassados”, considerou.
O primeiro palestrante do evento foi o juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e membro do Programa Nacional de Memória do Poder Judiciário (Proname), Carlos Alexandre Böttcher. Em sua fala, ele ressaltou que é papel de todos os três Poderes de preservar a memória do Brasil.
“O Tribunal de Justiça do Pará, como a desembargadora Rosi já ressaltou, foi pioneiro em todo o País a criar o seu próprio museu. Essa data é um marco. Nós sabemos, pelo Artigo 216 da Constituição Federal, que traz a definição do que é o patrimônio cultural. A Constituição também prevê no Artigo 23 que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger esse patrimônio cultural. Quando tratamos de patrimônio cultural, a competência é de todos os entes federativos, inclusive do Judiciário”, destacou o magistrado.
A historiadora e servidora aposentada do TJPA, Cacilda Maria Saraiva Pinto, realizou palestra sobre o tema "Monteiro Lopes: meio século de resistência do Museu Judiciário”. Durante a palestra, ela afirmou que o museu precisa estar próximo da população. “É a comemoração da memória do Judiciário. Eu vim aqui para trazer uma experiência de que o Museu precisa estar junto da comunidade. Ele não pode ser um local suntuoso em que as pessoas não saibam sequer que é permitida a entrada. O povo precisa saber dos seus direitos e da sua história”, considerou.
Na ocasião, também houve a palestra “Amazônia e Cultura: o Brasil e o sistema internacional contemporâneo”, com o pós-doutor em Ciência Política pela Unicamp e coordenador-geral do Departamento de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), José Luiz Niemeyer dos Santos Filho. Já o diretor do Sistema Integrado de Museus e Memórias da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Armando Sobral, realizou palestra sobre os espaços de memória do Pará.
Após as palestras, houve, ainda, o lançamento da exposição virtual “Perdas, memórias e recomeços”, em homenagem às vítimas da Covid-19 e a apresentação cultural “Escambau a três”.
Descrição das Imagens
#ParaTodosLerem#PraCegoLer
Fotografias em carrossel
Primeira fotografia: Armando Sobral, diretor do Sistema Integrado de Museus e Memórias da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), sentado à mesa oficial, sem máscara, usando óculos, fala à platéia.
Segunda fotografia: Mesa oficial, ao centro, formada por desembargadoras, e convidados para a celebração dos 50 anos do museu do judiciário, todas e todos, sentados e usando máscara.
Terceira fotografia: Carlos Alexandre Böttcher, juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo e membro do Programa Nacional de Memória do Poder Judiciário (Proname), sem máscara, ao centro, sentado , entre dois palestrantes, fala ao público
Quarta fotografia: Desa. presidente do TJPA, Célia Regina de Lima Pinheiro, ao centro da imagem, de pé, usando máscara, durante foto oficial, com demais autoridades.
Quinta fotografia: Jóvens vestidos de personalidades importantes do judiciário paraense, estão de pé, no palco, usando máscara e participando da comemoração dos 50 anos do museu do judiciário
Sexta fotografia: Cacilda Saraiva Pinto, historiadora e servidora aposentada do TJPA, sentada, sem máscara, à esquerda junto dos jóvens vestidos de personalidades do judiciário, fala à platéia
Sétima fotografia: Coordenador-geral do Departamento de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), doutor, José Luiz Niemeyer dos Santos Filho, sentado e sem máscara, palestra palestra sobre “Amazônia e Cultura: o Brasil e o sistema internacional contemporâneo”