Vestida de branco, como manda a tradição, Francilene Amorim não escondia dos convidados o sorriso no rosto. “Esse dia para mim representa a própria felicidade! Estou nervosa. É o momento de celebrar os nossos 12 anos juntos, que renderam dois filhos lindos, um de 15 e outro de 9 anos”. Ela foi uma das noivas que puderam oficializar a união durante o casamento comunitário realizado no dia 21 de dezembro, na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB).
A celebração foi realizada pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) em parceria com a Prefeitura de Ananindeua e o cartório de 1º Ofício de Notas e Processos de Ananindeua. O público-alvo foram casais que desejavam se casar no civil e que não possuem condições financeiras para isso. No total, 87 casais se uniram formalmente.
Kleber William e Ana Patrícia já tinham se casado no religioso, porém, faltava oficializar a união no civil. “É momento especial para nós dois. Já estou com a minha esposa há 20 anos. Hoje a gente concretizou o casamento perante a Justiça. Isso é muito importante para gente”. Ana Patrícia também ressaltou que “é uma realização, pois estamos há muitos anos juntos e isso só reforça a nossa parceria”, afirmou.
Celebraram o casamento comunitário os juízes Carlos Marcio de Melo Queiroz, Heloiza Helena da Silva Gato, Reijjane Ferreira de Oliveira, Cristina Sandoval Collyer e Giovana de Cássia Santos de Oliveira.
A desembargadora Dahil Paraense, que está à frente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) – que sistematiza os Cejuscs – esteve presente no evento. “Esta é mais uma ação em que o Judiciário vem aos jurisdicionados para ajudá-los a regularizar a situação deles. Muitos dos casais presentes já vivem juntos há muitos anos, outros ainda pretendem iniciar a vida em comum. Todos aproveitam esta oportunidade para realizar o sonho do casamento”, ressaltou.
A cerimônia foi promovida pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Esmac Ananindeua. “O Cejusc, entre as suas atribuições, tem as ações voltadas para a cidadania. O casamento comunitário é a realização de um sonho conjunto. São pessoas que querem se casar e que não possuem condições. Isso tudo foi proporcionado a esses cidadãos”, destacou o juiz Carlos Marcio de Melo Queiroz, coordenador do Cejusc Esmac Ananindeua.