Crianças e adolescentes ajudaram a divulgar projeto Conta Comigo
Crianças e adolescentes que estão acolhidos em abrigos da Região Metropolitana de Belém participaram, na manhã desta quarta-feira, 15, da programação de divulgação do projeto “Conta Comigo” no prédio sede do TJPA. O objetivo da ação também foi sensibilizar magistrados e servidores para que se tornem padrinhos e madrinhas das crianças e adolescentes de 0 a 18 anos.
Para ajudar a divulgar o projeto, 70 crianças e adolescentes acolhidos participaram de atividades lúdicas, realizadas pela rádio Margarida e pelos Palhaços Trovadores e assistiram à apresentação de cães treinados da Policia Militar. Eles também aproveitaram para conhecer as instalações e a história do Judiciário Paraense, com visita guiada pela historiadora e servidora Cacilda Pinto.
A servidora Elane Ribeiro conheceu o projeto e decidiu ser madrinha. “Eu já tinha ouvido falar do projeto, mas hoje eu vi as crianças, me sensibilizei e tomei uma atitude: resolvi ajudar e me cadastrei. Vou ajudar na modalidade material”, afirmou. Durante a ação, os palhaços trovadores visitaram as salas do Tribunal para divulgar o projeto e estimular servidores ao apadrinhamento voluntário.
“Essas crianças geralmente estão em situação de vulnerabilidade, negligência, maus tratos, sofreram violência psicológica e física. No abrigo, é feito um trabalho com elas e com a família para que os familiares possam recebê-las de volta”, explicou a assistente social da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (CEIJ), Fabíola Brandão. Ela também ressaltou que o padrinho ou madrinha tem a função de melhorar a vida dessas criança e fortalecer o vínculo entre elas e a família.
O apadrinhamento voluntário tem várias modalidades, pode ser feito na forma material (pessoa física), empresarial (pessoa jurídica), prestação de serviço voluntário e afetivo, sendo este último direcionado àqueles que estão na faixa etária de 7 a 18 anos.
De acordo com Rosana Barros, que também é assistente social da CEIJ, no apadrinhamento na modalidade prestação de serviço, a pessoa doa um serviço dentro da sua profissão. “Se o voluntário é um psicólogo ou um dentista ele pode abrir um espaço no seu consultório para atender uma criança que está em serviço de acolhimento, já os padrinhos e madrinhas afetivos precisam se inscrever nas Varas da Infância e da Juventude (Belém, Icoaraci, Ananindeua ou Marituba) para se habilitarem a manter contatos regulares com a criança ou adolescente, dando carinho e atenção, podendo levá-las para passear, orientá-las e cuidar a sua saúde e estudos ”, exemplificou.
Rosana enfatizou que o critério para se escrever no apadrinhamento é simples. “Basta ter a vontade de se envolver e de contribuir como cidadão para o acesso de direito dessas crianças e adolescentes”. Segundo ela, a modalidade que exige um pouco mais é o apadrinhamento afetivo. “No apadrinhamento afetivo, a pessoa vai ter um envolvimento, uma convivência com a criança. O voluntário não pode estar respondendo a processo criminal que envolva criança ou adolescente, não pode estar no cadastro de adoção, e deve oferecer um ambiente familiar propício a receber uma criança ou adolescente, além de ter uma disponibilidade afetiva”.
A ação foi realizada pelo Departamento de Informação e Documentação do TJPA, que todos os anos planeja uma programação especial para celebrar o dias das crianças, e contou com a parceria da Coordenadoria da Infância e Juventude (CEIJ), Varas da Infância de Belém, Icoaraci, Ananindeua, Marituba, além dos serviços de acolhimento da Região Metropolitana de Belém, Grupo de Apoio e Adoção de Belém Renascer e Universidade da Amazônia (UNAMA).
Serviço:
Serviço:
Projeto Conta Comigo - Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (CEIJ)
Mais informações:
1ª Vara da Infância e Juventude de Belém – (91) 31107433- 31107432;
3ª Vara Cível de Icoaraci – (91) 3215-3621/3617
8ª Vara da Infância e Juventude de Ananindeua - (91) 3201-4913
1ª Vara Cível e Infância de Marituba – (91) 3256-2789