Tribunal de Justiça do Estado do Pará

imagem do Brasão do TJPA
21/05/2016 00:00

No Pará, Justiça condena PMs que torturaram suspeitos de roubo

Tortura foi contra cinco suspeitos que teriam assaltado um dos réus.

Os policiais militares Erika do Socorro Silva da Costa e Fagner Idres Guedes da Silva foram condenados na última quinta-feira (19) por crime de tortura contra cinco vítimas suspeitas de roubo. De acordo com informações divulgadas pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) nesta sexta-feira (20), Erika do Socorro deve cumprir pena de sete anos em regime semiaberto e Fagner Idres deve cumprir pena de quatro anos.

Ainda segundo o TJPA, o juiz determinou também a perda do cargo de policiais dos réus. A denúncia, recebida em março de 2012, atribui aos réus Erika do Socorro Silva da Costa, Ryam Henrique Freitas Moura e Fagner Idres Guedes da Silva a pratica do crime de tortura. Também foi denunciado Cláudio da Cruz Rodrigues de Lima, que teve a punibilidade extinta em razão de óbito.

Segundo o TJPA, no dia 13 de maio de 2011, os policiais militares Cláudio da Cruz Rodrigues de Lima, que já faleceu, Ryam Henrique Freitas Moura e Fagner Idres Guedes da Silva, comandados pela tenente Erika do Socorro Silva da Costa da 20ª ZEPOL, após prenderem suspeitos de roubo, no bairro do Guamá, em Belém, iniciaram uma sessão de espancamento que se estendeu por cerca de nove horas, das 19h às 04h da manhã.

A vítima do roubo foi o PM Fagner Idres. Os assaltantes levaram a arma de fogo do militar. O TJPA informou ainda que Erika da Costa teria recorrido ao uso de força desnecessária e ilegal para efetivar a prisão dos suspeitos.

Após a prisão dos cinco suspeitos, os policiais iniciaram uma sessão de agressões físicas contra os suspeitos com apoio de alguns policiais da Ronda Tática Metropolitana (ROTAM), conduzindo os presos para uma escadaria às proximidades do canal do Tucunduba, no bairro do Guamá.

Os réus teriam dado início às agressões pelos réus, que utilizaram pedaços de bambu e uma perna manca.  A policial, usando sua arma de fogo, ameaçava de morte as vítimas colocadas na viatura de polícia. Depois, rodaram por várias seccionais e entregaram os presos na central de flagrantes do bairro de São Brás.

 
Fonte: O Liberal
Texto: G1 Pará
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