Tribunal de Justiça do Estado do Pará

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19/05/2016 00:00

Homem que passou 7 meses na cadeia é absolvido em segundo júri

Em recurso, testemunha ocular diz que réu não se parece com assassino

O comerciante Bruno Loiola de Siqueira, de 34 anos, foi absolvido pelo 2º Tribunal de Júri deBelém, na Vara Criminal, na manhã desta quinta-feira (19). Acusado e condenado a 13 anos de reclusão em regime fechado por ter efetuado quatro disparos de arma de fogo contra Robson dos Santos Souza, de 26 anos, em 2011, o réu teve a absolvição em segundo julgamento por maioria dos votos do Conselho de Sentença e agora está em liberdade.

No 1º Tribunal do Juri, em 2013, Bruno Loiola foi considerado o autor dos disparos que mataram Robson dos Santos, em um boteco. Após ter cumprindo quase sete meses da pena, a promotoria entrou com recurso e conseguiu que uma das Câmaras Criminais Isoladas anulassem o resultado e convocassem um novo júri.

Testemunha inocenta réu
Neste novo julgamento, Loiola contou que por volta das 4h da madrugada do dia 28 de agosto de 2011, retornava de uma festa para casa com o seu irmão Tertuliano. Eles relataram que, ao passar pela Rua São Pedro, com a passagem Mucajá, no bairro da Sacramenta, viram uma motocicleta trafegando no sentido contrário a motocicleta dos irmãos.

Tertuliano conta que o irmão estava alcoolizado e ambos ouviram o barulho de algo sendo atirado pelos motociclistas. Bruno resolveu ver o que havia sido jogado. Quando percebeu se tratar de uma arma, apanhou o objeto. Nesse momento, uma viatura da Policial Militar do Estado encontra os irmãos, e Bruno com a arma.

A poucos metros dali, no interior de um boteco havia ocorrido um homicídio. Robson dos Santos Souza bebia no local quando dois indivíduos chegaram numa  motocicleta de cor preta. Um deles armado teria mandado todos ficarem de frente para a parede, e voltando a arma contra a vítima efetuou os quatro disparos de arma de fogo, executando a vítima, enquanto a dupla fugiu do local do crime.

A testemunha ocular do crime compareceu ao segundo júri e prestou depoimento. Ela não reconheceu o acusado como sendo a pessoa que matou a vítima. A testemunha informou que a pessoa que fez os disparos era um homem de pele branca e tatuagem no braço, o que não corresponde as características físicas do acusado.

 
Fonte: O Liberal
Texto: G1 Pará
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